Os 15 integrantes, do Conselho de Segurança (CS) da ONU, incluindo o Brasil, aprovaram por unanimidade nesta terça-feira o envio de outros 3,5 mil soldados e policiais ao Haiti para ajudar a proteger os comboios humanitários.

O órgão da ONU, “reconhecendo as duras circunstancias e a necessidade urgente de resposta”, atendeu ao pedido feito na segunda-feira pelo secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon.

Os Estados Unidos escreveram o esboço da declaração que decidiu que a missão da ONU no país, a Minustah, “terá de um efetivo militar de 8.940 soldados de todas as patentes e uma força policial de 3.711 policiais”.

Os soldados e policiais a mais devem permanecer no Haiti por seis meses.

Balanço

O Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha, na sigla em inglês), informou nesta terça-feira que mais de 90 pessoas já foram resgatadas dos escombros no Haiti.

Segundo a entidade, 52 equipes de resgate atuam atualmente no país, incluindo 1,82 mil membros e 175 cães treinados para a função.

No que diz respeito à assistência médica, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que na segunda-feira o país contava com oito centros de atendimento funcionando.

Hospitais de campanha cedidos por Brasil, Argentina, Israel, Rússia e Nicarágua estão em funcionamento.

A ONU informou que alguns centros médicos continuam atendendo acima de suas capacidades e que muitos pacientes preferem ficar no hospital após tratados, já que não têm para onde ir.

A organização humanitária Médico Sem Fronteiras disse que até o dia 18 já havia atendido mais de 3 mil vítimas do terremoto, sendo que 400 delas passaram por cirurgias.

Os problemas mais comuns foram fraturas, queimaduras, traumatismos cranianos, gangrenas e partos de risco.