A Universidade Estadual Paulista (Unesp) realizará, por iniciativa inédita, concursos para selecionar 152 professores titulares. A expectativa é a de que processos seletivos para 24 unidades da universidade sejam realizados ainda neste ano. Pela primeira vez na história das universidades públicas paulistas será selecionado de uma só vez esse número de cargos para titulares.
Com a iniciativa, a Unesp dá continuidade ao processo para atingir a proporção de dois professores titulares – cargo máximo na carreira universitária – para cada 15 docentes. As unidades com poucos professores titulares receberão mais cargos. É o caso da Faculdade de Odontologia e do Instituto de Química (Araraquara), do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (Rio Claro) e do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (São José do Rio Preto).
As unidades deverão informar à Câmara Central de Pós-Graduação da Unesp o programa da disciplina que será ministrada pelo docente, assim como a bibliografia básica. Com o aval da câmara, a faculdade abrirá o edital do concurso e os candidatos terão 90 dias para fazer sua inscrição. O processo de seleção será realizado em três etapas: julgamento de memorial; prova didática, na forma de aula; e prova de arguição, para avaliar a qualificação científica do candidato.
Segundo o professor Luiz de Souza Corrêa, da Faculdade de Engenharia, do câmpus de Ilha Solteira, a elevação da quantidade de professores titulares permitirá o aumento da produção acadêmica da instituição. “Crescerá também o número de docentes que poderão atuar na gestão da universidade, diminuindo, por sua vez, a diferença em número de cargos entre as unidades, possibilitando o desenvolvimento mais homogêneo da Unesp”, acrescenta Corrêa.
A partir de 30 de setembro, cada uma das 32 unidades da universidade terá uma cota fixa de cargos de titular, que incluirá os existentes até essa data. Quando um cargo se tornar vago, por exemplo, em caso de aposentaria, estará disponível para a unidade. Além disso, a Unesp disporá de cota móvel de cargos – todos aqueles que não forem distribuídos até o final de setembro ficarão em um “banco” para serem redistribuídos pela reitoria.