Quero deixar meu protesto em nome de todos aqueles que infelizmente estão sujeitos as “palhaçadas” que acontecem nesse querido Brasil, manchado e desacreditado por ações de “bandidos” e instituições falidas.
A eterna promessa de o Brasil ser o país do futuro consagra-se em ser apenas eterna promessa, acarretada pelos episódios lamentáveis de corrupções, vazamentos de provas e máfias entranhadas nos poderes diretores desse país sejam eles Executivo, Legislativo e Judiciário.
Às vezes me pergunto, será isso cultural? Será isso característica de nosso povo? Já que o poder emana do povo e a ele pertence.
Não, o povo trabalha sorrindo, estuda com garra, acredita apesar de todas essas mazelas, que tudo vai melhorar e ser como deve ser. Mas a “bandidagem” consegue por suas influências, pela facilidade de burlar leis, que estão a cada dia mais brandas, leis estas elaboradas sob os aspectos de seus interesses e de seus aliados, manter o povo alienado, afastado das questões importantes ao nosso Brasil.
Além de suportarmos a isso, temos que assistir, e no meu caso participar, de situações lamentáveis como o último episódio envolvendo uma instituição que ainda ostenta algum respeito e dignidade nesse país, a OAB!
Em menos de três anos, dois casos de vazamento de provas no Estado de São Paulo, deixando alunos que enfrentaram no mínimo cinco anos de estudos a mercê de atividades de bandidos, penalizando aqueles que estudaram e deixaram de lado familiares, férias, finais de semana, amigos, etc, para estarem capacitados a realização da prova e obter assim o direito de trabalhar.
A OAB e o MEC para resolverem o problema das inúmeras faculdades de Direito incapacitadas transferem o ônus aos estudantes, fazendo-nos passar por uma prova que, diga-se de passagem, onerada ao valor de R$ 180,00 fugindo à realidade econômica desse país. É uma prova realizada em duas fases, duas tarde de domingos inteiras sobre pressão, afinal são os cinco anos de faculdade que estão em jogo.
Para que esta seja simplesmente cancelada, deixando milhares de bacharéis em direito e familiares pelo Brasil todo angustiados, frustrados, por pura e simples incompetência daqueles que às aplicam e às fiscalizam.
Até quando vamos nós cidadãos, contribuintes, pagar pela incompetência alheia, pela imoralidade e desrespeito estampada em nosso cotidiano? Hoje afetou a mim, amanhã será você ou alguém de sua família, penso que está na hora de revermos nossos ideais e senso comum de Justiça, chega de tantas inverdades e desrespeitos.
Não quero fazer parte da parcela pessimista, desacreditada, desmotivada deste país, muito menos incentivar alguém a isso, mas precisam parar com os abusos, de maltratar, enganar e punir aqueles que querem o melhor pra esse Brasil de tantas virtudes e belezas.
*Dracenense e bacharel em Direito.
