Celas superlotadas e nenhuma previsão de remanejamento de presos. É assim que a Penitenciária de Marília, instalada no distrito de Padre Nóbrega, tem operado atualmente.

Unidade é a sexta mais cheia do Estado, abrigando 138% mais presos que a capacidade. No ‘ranking’ fica atrás apenas de penitenciárias de São Paulo, Sorocaba, Franco da Rocha, Hortolândia e Tremembé.

Ao todo 1.194 detentos se amontoam em 84 celas de quatro alas diferentes no regime fechado. O volume é mais que o dobro da capacidade da penitenciária, que deveria receber 500 presos.

Na mesma unidade, no anexo do semiaberto, as condições não são melhores. O número de presos já atinge quase o quádruplo da capacidade de 100 pessoas. Local abriga hoje 353 homens.

Embora caótica, situação das penitenciárias não é exclusiva de Marília. Assim como no município, maioria das unidades espalhadas pelo Estado vive situação similar.

A Secretaria do Estado de Administração Penitenciária (SAP) não informou desde quando situação ocorre na cidade ou se há previsão para remanejamento de detentos.

De acordo com a SAP até o próximo ano serão construídas 49 unidades prisionais (nenhuma na região), que criarão 39.540 vagas. Hoje, população de detentos no Estado é de 158 mil para 99 mil vagas.