O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou em 0,55% na prévia de março, taxa inferior aos 0,94% de fevereiro.

Dados divulgados hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o resultado no primeiro trimestre do ano do IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) situou-se em 2,02%, desempenho superior ao de 1,14% verificado em igual período de 2009. O IPCA-E é medido por trimestre.

De acordo com o IBGE, a redução no IPCA-15 em março se deve, principalmente, ao grupo educação, cujo efeito dos reajustes de início do ano ficou concentrado em fevereiro. Com o resultado de março, o grupo apresentou alta de 0,55%, enquanto em fevereiro havia chegado a 4,55%. A taxa de 0,55% do mês reflete, basicamente, os reajustes ocorridos na região metropolitana de Fortaleza, de 5,77%.

Outra contribuição para a desaceleração do índice veio das tarifas dos ônibus urbanos, que passaram de 3,84%, em fevereiro, para 1,70% em março. O resultado reflete as variações das seguintes regiões pesquisadas: Belém (6,32%), com reajuste de 8,80% (em vigor desde o dia 3 de fevereiro); Rio de Janeiro (5,86%), reajuste de 6,82% (em 8 de fevereiro); e Porto Alegre (5,60%), reajuste de 6,52% (em 7 de fevereiro).

Além disso, os preços de combustíveis caíram de 1,94%, em fevereiro, para -0,26% em março. O álcool combustível, por exemplo, apresentou queda de 0,97% frente a alta de 8,86% do mês anterior, enquanto a gasolina despencou de 1,34% para menos 0,20%. Com isto, o agrupamento dos não alimentícios, que havia ficado em 0,93%, em fevereiro, recuou para 0,35% em março.

De fevereiro para março, os preços dos alimentos subiram de 0,98% para 1,22%, mantendo a trajetória de alta. Os preços chegaram a apresentar alta de 2,51% em Curitiba. Vários produtos passaram a custar mais, com destaque para o tomate (26,50%), açúcar refinado (10,26%), açúcar cristal (8,06%), hortaliças (7,67%), leite pasteurizado (5,27%) e frutas (3,40%).

Dentre os índices regionais, o maior continuou com Belém (1,12%), reflexo da alta das tarifas dos ônibus urbanos (6,32%) e de energia elétrica (3,01%). Goiânia registrou o menor resultado, apresentando deflação (inflação negativa) de 0,19%.

Os preços para cálculo do IPCA-15 foram coletados no período de 11 de fevereiro a 15 de março e comparados com aqueles vigentes de 15 de janeiro a 10 de fevereiro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.