O governo de São Paulo entregou 150 novas viaturas para a Polícia Científica do Estado e também inaugurou um novo sistema de controle de provas periciais por radiofrequência, desenvolvido em parceria com o IPT. A entrega foi feita pelo governador em exercício Alberto Goldman, nesta semana, sendo que na área de Presidente Prudente foram 11 viaturas que vão atender todas as cidades da região.
No mesmo evento, Goldman inaugurou um moderno sistema de controle de provas periciais por radiofrequência.
A Secretaria da Segurança Pública investiu mais de R$ 7,7 milhões na aquisição das 150 novas viaturas. O planejamento inicial indicava a compra de 150 veículos, porém uma economia de quase R$ 1,3 milhão permitirá a compra de mais 30 viaturas, que serão entregues posteriormente. “Neste governo, já foram compradas 6.866 viaturas para a Polícia Civil e Militar”, completou Goldman.
Das novas viaturas, 42 serão destinadas à capital, 13 à Grande São Paulo e 125 ao litoral e interior do Estado. O lote de 150 viaturas é composto por 78 veículos modelos Ford Fiesta e 72 Fiat Palio Weekend. Das outras 30 viaturas a serem entregues posteriormente, 15 são modelo Ford Fiesta e 15 Fiat Palio Weekend.
Todos os novos veículos são modelos flex e contam com GPS, Sistema de Posicionamento Global, ar condicionado e radiotransmissor digital, além de uma nova identidade visual que realça a autonomia da SPTC e a diferença das demais polícias.
CONTROLE DE PROVAS – A partir de agora, todas as provas periciais utilizadas pela polícia paulista passam a ser rastreadas por meio de etiquetas com chip detectável por portais instalados no local e por coletores móveis. A tecnologia traz mais agilidade ao trabalho pericial na emissão de laudos, uma vez que permite o controle de tempo quanto ao que está sendo investigado, além de possibilitar mais segurança e controle na guarda das provas.
A qualquer momento, será possível saber em que local está, por onde passou e qual o responsável por qualquer prova. Com o aprimoramento no controle, haverá um gerenciamento mais eficaz e rápido no fluxo de provas a serem examinadas. “É muito importante que a gente equipe e faça essa polícia cada vez melhor, porque quanto melhor tivermos uma polícia funcionando – civil, militar e científica, mais nós vamos ter certeza que não haverá impunidade”, ressaltou o governador.
O Sistema de Controle de Provas Periciais foi desenvolvido em parceria pela Polícia Técnico-Científica, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e a Motorola Brasil, com investimento de R$ 1,4 milhão, sem ônus para o Estado de São Paulo.
Considerada um dos principais impulsores de inovação em automação, a tecnologia de identificação por radiofrequência (RFDI) envolve a identificação por sinais de rádio. O sistema é capaz de recuperar e armazenar dados por meio de dispositivos incorporados às provas e permite a identificação à distância.
Assim que forem coletadas, as provas vão receber as tags eletrônicas, também conhecidas como etiquetas eletrônicas com o chip. O policial poderá também registrar a prova no próprio local do crime. O procedimento de rastreamento pode ser feito na velocidade de mil leituras por segundo, permitindo trabalhar com um grande volume de provas simultaneamente.
Além de proporcionar o rastreamento, o sistema viabiliza a consolidação de um histórico de cada prova, o que é de suma importância nas investigações. Qualquer manuseio ou deslocamento do material terá, automaticamente, um registro no sistema de Tecnologia da Informação (TI) da Polícia Científica.
No projeto piloto há três portais instalados em ambientes com controles de segurança diferentes. O sistema que controla todos os portais pode programar alarmes, fechaduras elétricas e câmeras para autorizar a abertura de acessos para as pessoas portando provas.
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL – O Núcleo de Identificação Criminal (NIC) do Instituto de Criminalística (IC) foi escolhido para implantar o Sistema de Controle de Provas Periciais, após uma avaliação das características de cada núcleo do IC. O NIC realiza exames em mídias que contenham imagens ou som relacionados ao local do crime. O objetivo é constatar algum delito contido na mídia examinada e, dentro das possibilidades, indicar a autoria do crime.
REGIÃO – Do total de 11 viaturas que Instituto de Criminalística recebeu, quatro são para Dracena, duas para Adamantina, duas para Presidente Venceslau e três ficam em Presidente Prudente. Em Dracena, o Instituto de Perícias Criminalísticas possui uma equipe de perícia que faz de 300 a 400 atendimentos ao mês e mais de 4 mil laudos por ano.
Segundo Marcos Rogério Casoti, chefe da equipe de Dracena, as novas viaturas chegam em boa hora, já que há quatro anos, desde um incêndio que causou danos em duas viaturas do IC e uma do IML, os serviços de plantão, viagens de malotes e para São Paulo eram feitos com viaturas velhas.
Casoti explicou que o Instituto de Perícias Criminalísticas de Dracena recebeu na segunda-feira, na sede da Superintendência da Capital Paulista, dois veículos Fiesta e um Palio Wekeend e o IML também terá uma nova viatura que deve chegar à cidade ainda nesta semana.