Professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado na tarde desta quinta-feira.
Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), o Estado ainda não implementou o piso salarial nacional.
O valor do piso, que vigora no país desde 1º de janeiro deste ano, segundo a lei 11.738, de 16 de julho de 2008 e entendimento da Advocacia Geral da União (AGU), de dezembro de 2009, é de R$ 1.204.
Para o sindicato mineiro e outras entidades que representam os professores, no entanto, esse valor deveria ser de R$ 1.312, considerando correções em janeiro de 2009 e no mesmo mês de 2010.
Ainda de acordo com o sindicato mineiro, professores com formação de nível médio têm piso salarial de R$ 369 no Estado.
O sindicato disse que faz um levantamento da adesão dos educadores à paralisação nesta sexta-feira. Na quinta-feira, 80% do total de 134 mil professores do Estado participaram da greve, segundo o sindicato.
Secretaria
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, atualmente, o menor salário dos professores em Minas Gerais é de R$ 850, para jornada de 24 horas semanais.
Com o reajuste, em maio, esses educadores passam a receber R$ 935. Para a secretaria, esse valor é proporcional ao piso nacional, que é de 40 horas semanais.
“Ao contrário do que foi divulgado pelo governador (Aécio Neves, PSDB), atualmente temos um teto salarial e não piso salarial. O valor de R$ 935 corresponde ao total da remuneração, ou seja, a um teto salarial. Minas Gerais tem o oitavo pior salário do país. Esta situação é vergonhosa”, disse a coordenadora geral do sindicato, Beatriz Cerqueira, em nota publicada no site do sindicato.
A Secretaria Estadual de Educação divulga ainda nesta sexta-feira uma nota oficial sobre a greve e um balanço da adesão de professores.