No último dia 20 de abril pela manhã, na EE Isac Pereira Garcez, o estudante M.L.S.J., de 13 anos, foi agredido com um soco no olho esquerdo pelo adolescente T.H., também de 13 anos, dentro da sala de aula onde estudam. O caso foi parar na Delegacia de Defesa da Mulher onde houve o registro do Boletim de Ocorrência por parte dos pais do aluno agredido para apuração dos fatos.

O adolescente que foi vítima no caso contou na polícia que teve a mochila riscada pelo agressor e ao ir reclamar com ele, acabou levando o soco no olho.

Ontem a reportagem ouviu os pais do estudante agredido e eles contaram que estão indignados com o fato. A mãe de M.L.S.J. afirmou que no dia do ocorrido estava na casa dela quando recebeu o telefonema de uma funcionária da escola pedindo que fosse até a escola, pois o filho estava chorando. Lá constatou que o filho ao retornar do recreio encontrou a mochila toda suja de pó de giz e perguntou quem havia feito aquilo e o agressor respondeu que tinha sido ele. M.L.S.J. então fez o mesmo na bolsa de T.H. e após sentar-se na carteira foi agredido com o soco.

Segundo a mãe, ao chegar à escola o filho estava chorando muito pedindo para ser levado ao hospital. Ela então solicitou o endereço dos pais do menino [autor da agressão], mas foi informada que a escola não poderia dar a informação e que tinha que permanecer lá esperando os pais do outro estudante [agressor] chegarem.

“Esperei bastante e meu filho começou a vomitar muito sangue, não pude esperar a mãe do outro menino que agrediu e sai de lá para levar meu filho ao hospital. Lá ficou constatado que ele estava com a pressão muito baixa, que o deram um soro e com isso, ele passou por uma radiografia”, diz a mãe da vítima.

Ela e o marido afirmam estar indignados com a agressão e principalmente porque a escola não fez nada. De acordo com os pais, ninguém se preocupou em levar urgentemente o estudante agredido ao hospital mesmo estando vomitando sangue.
De acordo com os pais, M.L.S.J. foi encaminhado a um hospital de Andradina e de lá acabou sendo transferido para Araçatuba, onde passou por cirurgia de reconstrução do assoalho de órbita do olho esquerdo por ter sido fraturado com o soco.

Os pais ainda explicaram que na cirurgia o médico colocou uma malha de titânio para refazer o osso fraturado.
No relatório médico consta que o adolescente agredido sofreu fratura orbitária esquerda do tipo Blow out e passou pela cirurgia no dia 28 de abril, onde foi corrigida a fratura do lado esquerdo com a necessidade de fixação interna rígida por malha e parafusos de titânio e recebeu alta no dia 30.

O pai de M.L.S.J. ressaltou que espera providências por parte da escola e que não venha ocorrer isso novamente com o filho e até mesmo com outros alunos ou funcionários da escola e que haja punição contra o agressor. Ele disse que procurou um advogado e juridicamente quer apurar os fatos, ver o que é de direito e as responsabilidades e que vai aguardar um parecer da Justiça no caso. “A gente fica chateado pelo acontecimento já que no momento que você coloca um filho na escola, acredita que é o melhor para ele. Gostaria que a escola pelo menos transferisse ou mudasse o período que o garoto que agrediu meu filho estuda para que não haja novo encontro deles dentro do estabelecimento escolar”, alegou o pai.

Ontem à tarde o estudante que levou o soco disse à reportagem que no olho esquerdo estava tendo um pouco de visão dupla, mas está se recuperando bem.
A reportagem também tentou fazer contato com a Diretoria Regional de Ensino de Adamantina, porém a ligação não foi atendida. Na segunda-feira voltaremos a fazer nova ligação para saber que providências serão tomadas neste caso.

A reportagem entrou em contato com a diretora da escola, Neuza Balbino de Amorim para ela falar sobre o acontecimento. Veja o esclarecimento na íntegra escrito pela diretora.