A Marinha francesa acredita ter localizado as caixas-pretas do voo 557 da Air France. Os equipamentos estariam submersos em uma área limitada que teria entre três e cinco quilômetros quadrados. O airbus da companhia caiu no Atlântico após decolar do Rio de Janeiro com destino a Paris em 31 de maio do ano passado, com 228 pessoas a bordo. As informações são da BBC Brasil.
O porta-voz da Marinha francesa, Hugues du Plessis d’Argentré, explicou entretanto que as caixas-pretas não emitem mais sinal sonoro. A delimitação de uma área mais precisa de buscas permitirá encontrar destroços importantes do avião, que poderão ser usados nas investigações sobre o acidente. Uma das possibilidades, segundo ele, é que as caixas-pretas estejam presas a algum pedaço da aeronave.
Técnicos da Marinha francesa fizeram novas análises das gravações submarinas que teriam ocorrido durante a primeira fase de buscas das caixas-pretas do avião, em meados de junho do ano passado, cerca de três semanas após a tragédia. As gravações, feitas pelos potentes sonares do submarino nuclear francês Émeraude, puderam agora ser exploradas com a ajuda de um programa de computador mais sofisticado, não disponível à época.
O novo software permitiu aos especialistas, no início desta semana, identificar que os sons gravados no ano passado seriam os emitidos pelas balizas das caixas-pretas do avião.
Na terceira fase de buscas, iniciada em março deste ano, os especialistas vasculharam uma área de 2 mil quilômetros quadrados ao noroeste da última posição conhecida do avião. No início desta semana, foi anunciado a prorrogação da terceira fase de buscas. Um robô equipado com câmeras de vídeo será enviado para percorrer a nova área, bem mais reduzida.
As caixas-pretas do avião são fundamentais para que se possa descobrir as causas do acidente. Até o momento, os investigadores afirmam que houve falhas nos sensores de velocidade do avião, mas que isso seria um elemento, mas não a causa do acidente.