A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, garantiu que, se eleita, irá construir uma escola profissionalizante em cada cidade com mais de 50 mil habitantes, ampliando o número de vagas em toda a rede de ensino inclusive com a adoção de um modelo semelhante ao Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas a estudantes de graduação de universidades particulares.
“Vou construir uma escola profissionalizante em cada município com população igual ou acima de 50 mil habitantes ou que sejam centros de regiões”, declarou Dilma, elogiando o modelo pedagógico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), cujas escolas integram o ensino médio à formação profissional em várias áreas da indústria. “Queremos que os estudantes da rede federal de ensino médio tenham acesso ao ensino profissionalizante”, afirmou a candidata ao fim da visita à unidade do Senai, no bairro paulistano do Brás, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se formou torneiro mecânico na década de 60.
A candidata negou que sua campanha tenha sido contagiada pelo clima de “já ganhou” após a divulgação dos resultados das últimas pesquisas de intenção de voto, que a apontam como favorita a vencer a disputa, com a possibilidade de decidir a eleição já no primeiro turno.
“Na minha campanha não tem clima de já ganhou. Ninguém ganha eleição na base da pesquisa. Dizer que minha campanha tem salto alto não é verdade porque eu não estou de salto alto”, afirmou a candidata, que visitou a escola na companhia do candidato do PSB ao governo paulista, Paulo Skaf. Perguntada sobre a ausência do candidato petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, Dilma afirmou que tem dois palanques no estado. “Considero Skaf uma pessoa capacitada e aqui em São Paulo eu tenho dois palanques e vou dar força aos dois [candidatos]”.
Dilma desmentiu notícias publicadas hoje (23) pela imprensa que afirmam que ela estaria discutindo com auxiliares e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva medidas fiscais a serem implementadas no caso de vitória na eleição.
“Não há discussão neste sentido dentro da campanha até porque seria um absurdo da nossa parte. Como discutir qualquer questão sem que estejamos eleitos? Além do mais, o Brasil de hoje não é como o de 2002 e, por isso, não vejo o menor sentido nesta discussão, que é extemporânea. A discussão para o próximo ano é o desenvolvimento”, afirmou Dilma, que voltou a criticar as taxas de pedágios cobradas no estado de São Paulo, “os preços mais caros do mundo”, segundo ela.