O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que a cidade de São Paulo teve nesta terça-feira (23) a tarde mais seca do ano. O índice de umidade relativa do ar foi de 17%, por volta de 15h, na estação convencional de medição, localizada no Mirante de Santana, zona norte da capital.

O Inmet também possui uma estação automática de medição, que registrou hoje índice de umidade de 16% e de 15% na última sexta-feira (20). Contudo, segundo o órgão, os valores oficiais para medir a umidade são os da estação convencional. No ano passado, a tarde mais seca ocorreu em 14 de agosto, com índice de umidade relativa de 10%.

Segundo informações do Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de SP (CGE), não chove em São Paulo há 19 dias. O último registro foi de uma chuva foi no dia 5 de agosto. De acordo com o CGE, nos dias 14 e 15 houve chuviscos, que, no entanto, não foram medidos pelos pluviômetros da cidade. Choveu, neste mês de agosto, apenas 6,6 mm, bem menos do que a média histórica, que é de 39 mm.

Dos 12 pontos da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), em nenhum a qualidade do ar é considerada “boa”; em quatro o status é “inadequada” e em seis é apenas “regular”. Nos 28 pontos fora da capital (interior, litoral e outras cidades da região metropolitana), somente o localizado na cidade de Araçatuba registrava uma qualidade do ar considerada “boa”.

Entre as capitais brasileiras, além de São Paulo, Goiânia, Cuiabá, Campo Grande e Brasília registraram o índice de umidade abaixo de 20%, o que coloca as cidades em estado de alerta, segundo parâmetros da OMS (Organização Mundial da Saúde).

A umidade na capital goiana chegou a 11% entre 16h e 17h. No mesmo horário, a umidade foi de 13% em Cuiabá e de 14% em Campo Grande. Em Brasília e Palmas a taxa chegou a 16%, segundo dados do Inmet. Belo Horizonte e Curitiba não estão em estado de alerta, mas tiveram umidade de 20% e 21%, respectivamente.

Recomendações
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera estado de atenção quando a taxa de umidade relativa do ar fica abaixo dos 30%. Abaixo dos 20% é considerado estado de alerta e abaixo dos 12%, estado de emergência. Com o tempo seco, a poluição aumenta favorecendo o surgimento de doenças respiratórias e cardiovasculares.

Nestas condições, é comum a ocorrência de complicações respiratórias devido ao ressecamento das mucosas, provocando sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos.

Por isso, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para dias como estes é evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h; umidificar o ambiente por meio de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água; regar os jardins, e sempre que possível, permanecer em locais protegidos do sol ou em áreas arborizadas.

Além dessas medidas, é recomendável usar colírio de soro fisiológico ou água boricada para os olhos e narinas e beber muita água.