Novas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira, apontam que a situação é menos favorável para adolescentes de 15 a 17 anos. No ano passado, a taxa de frequência à escola alcançou 85,2%, mas a taxa de escolarização líquida – percentual de pessoas que frequentavam a escola no nível adequado à sua idade, ou seja o ensino médio – era de 50,9%, contra 32,7% em 1999. Norte e Nordeste tinham, respectivamente, 39,1% e 39,2% desses jovens no nível médio, não chegando a atingir os 42,1% que o Sudeste já tinha em 1999.
Houve também um crescimento expressivo da frequência ao pré-escolar das crianças de 0 de 5 anos de idade. O percentual das que frequentavam escolas ou creche atingiu 38,1%, sendo que em 1999 era de 23,3%.
Mesmo nas áreas rurais, onde a oferta de estabelecimentos para essa faixa etária é mais reduzida, o crescimento foi significativo, de 15,2% para 28,4% em dez anos. Na faixa de 6 a 14 anos, desde meados da década de 90, praticamente todas as crianças frequentavam escola.
As desigualdades no rendimento familiar per capita exercem grande influência na adequação da idade e do nível de ensino frequentado. Entre os 20% mais pobres da população, 32% dos adolescentes de 15 a 17 estavam no ensino médio, enquanto que, nos 20% mais ricos, essa situação se aplicava a 77,9%.
Em 2009, a média de anos de estudo das pessoas de 15 anos ou mais era de 7,5 anos, inferior aos 8 anos necessários para a conclusão do o ensino fundamental obrigatório. No Sudeste, a média atingiu 8,2 anos e no Nordeste, 6,7. Para as pessoas de 25 anos ou mais de idade, a média era de 7,1 anos de estudo. Entre os 20% mais ricos, a média alcançou 10,4 anos de estudo acima do nível obrigatório, mas abaixo dos 11 anos equivalentes ao nível médio completo.