Pela primeira vez o maior colégio eleitoral do país, com 30,3 milhões de votantes, terá nas eleições a inclusão de presos provisórios. Foram consideradas aptos a votar no pleito de domingo (3) 4.480 pessoas privadas de liberdade, mais da metade (2.615) são menores infratores das unidades Fundação Casa.

A medida foi adotada em cumprimento à Resolução 23.219/2010 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), as votações vão ocorrer em 118 unidades prisionais de 96 localidades, sendo que a maioria (3.367) dos eleitores nessas condições estão no interior paulista. Para esse atendimento, a Justiça Eleitoral requisitou 400 mesários.

Em todos os estabelecimentos penais e da Fundação Casa, existem 58.126 presos provisórios dos quais 18.334 foram selecionados após classificação feita pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), que decidiu realizar a votação apenas em unidades avaliadas como de baixo e médio risco.

No entanto, a maioria deles (11.978) não quis participar do pleito para a escolha do sucessor do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e também do futuro governador paulista e dos novos ocupantes de cadeiras na Assembleia Legislativa, no Senado e na Câmara. Dos 7.492 que manifestaram interesse, restaram apenas 4.480 porque os demais tiveram restrições na apresentação dos documentos.