O arrendamento do Estaleiro Inhaúma, na zona portuária do Rio de Janeiro, pela Petrobras, permitirá que a companhia converta cascos de navio em plataformas no próprio Brasil. Nas plataformas mais recentes encomendadas pela Petrobras, esse trabalho não foi feito em estaleiros brasileiros, ou porque eles não tinham capacidade ou porque já estavam sobrecarregados com outras encomendas.

A plataforma P-57 da Petrobras, por exemplo, que conta com 68% de conteúdo nacional, teve seu casco convertido em Cingapura, país do Sudeste Asiático. Com a entrada em operação do Estaleiro Inhaúma nos próximos meses, e a consequente conversão de cascos no Brasil, a estatal acredita que será possível aumentar a participação do conteúdo nacional nas plataformas a serem montadas daqui pra frente.

“O Estaleiro Inhaúma é um local apropriado para fazer conversões. Nós já estamos recuperando o estaleiro e vamos começar a reformar o píer. Ainda estamos avaliando quando poderemos começar [a fazer conversões]. Com o Estaleiro Inhaúma, vamos passar a fazer as conversões também no Brasil. Isso vai ser um incremento ainda maior no conteúdo nacional. Esse foi o principal motivo do arrendamento”, disse o gerente executivo de Engenharia da Petrobras, Pedro José Barusco.