Osvaldo Cruz é uma das dez cidades da região em que o Comitê de Leishmaniose Visceral Americana (LVA) do Estado de São Paulo implantou desde a última terça-feira, 19, o programa “Legal Pra Cachorro”.

O projeto está baseado em novas técnicas e práticas para o manejo animal, diagnóstico moderno e preciso da leishmaniose, acompanhamento sobre a saúde animal e identificação através de microchip. Também estão previstas as distribuições de coleiras que combatem o mosquito transmissor da doença.

Como parte do Programa “Legal Pra Cachorro”, serão realizados exames de leishmaniose na população canina dos municípios, durante o denominado inquérito canino. Os exames serão feitos através da coleta de sangue animal, para análise laboratorial realizado pelo Instituto Adolfo Lutz.

Os animais passarão a ter um meio de identificação, feito por um microchip, que será implantado sob a pele do cão com um arquivo eletrônico onde poderão ser armazenadas as informações do histórico veterinário (vacinas e consultas).

O Programa também vai proporcionar a castração gratuita dos animais, que será realizada através de uma parceria com as Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI).

Em Osvaldo Cruz mais de 1,5 mil animais já foram sacrificados desde o ano passado vítimas da doença. Mas especialistas em veterinária apontam que a eutanásia (morte) dos animais contaminados é uma conduta que deve ser alterada, embora ainda seja a única forma para combater a doença reconhecida pelo Ministério da Saúde.

Os veterinários pressionam as autoridades sanitárias para mudar a norma que manda sacrificar os animais doentes pela leishmaniose.

O superintendente de controle de endemias do governo paulista lembra que a cólera com repelente é uma das formas de controle da doença. Ricardo Ciarávalo afirma que a coleira com repelente é apenas uma das medidas para se evitar a transmissão da leishmaniose em cães e consequentemente em seres humanos.

O veterinário Mauro Alves aplaude a iniciativa e diz que este é um começo para a mudança de mentalidade das autoridades sanitárias no país em relação à leishmaniose. O especialista afirma que sacrificar cães com leishmaniose é um erro.

O veterinário Mauro Alves explica que os cães contaminados com a leishmaniose visceral já podem ser tratados com medicações existentes no país e complementa que a implantação de microchips nos animais contaminados será importante para identificar os donos dos animais por maus tratos.

Assessoria de Imprensa
Giuliano Panvéchio
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Colaborou: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Adamantina