O governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse hoje (21) que o serviço de inteligência e prevenção do país frustrou um plano das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de explodir um carro, no sul de Bogotá. A ideia era colocar dez explosivos em um veículo e explodi-lo no bairro de Gustavo Restrepo, um dos mais movimentados da capital colombiana.

O carro com os explosivos, identificado pela segurança colombiana, estava em uma oficina. Na operação foram apreendidos detonadores, relógios elétricos, mapas da cidade de Bogotá e dispositivos de armazenamento. O material está sendo analisado por peritos.

Em um comunicado da Polícia Nacional, o carro estava sob responsabilidade de Delia Luz Hincapie Gaviria, conhecida pelos apelidos de Mona e Martha, que pertence ao bloco Oriental das Farc. Segundo os policiais, Mona participou de uma ação organizada pela guerrilha, em 2001, que promoveu a fuga de 98 detentos da prisão de La Picota de Bogotá.

As informações são da Presidência da Colômbia. A operação foi descoberta depois da captura e morte do chefe militar das Farc, Victor Julio Soarez Rojas, conhecido como Mono Jojoy. Informações localizadas no computador utilizado pelo guerrilheiro, segundo as autoridades policiais, levaram à descoberta do plano.

O combate à ação das Farc é uma das principais bandeiras do governo de Santos. Ao passar pelo Brasil, em agosto, ele disse que a luta contra as guerrilhas na Colômbia é um assunto interno do país e tratado como prioridade.