Sete dos oito lotes postos à venda pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para obras de linhas de transmissão de energia foram arrematados hoje (9), em leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa). O deságio médio foi de 43,67%. Neste terceiro e último leilão do ano, a taxa de deságio ficou acima da média registrada desde 2000. Isso fará com que a Receita Anual Permitida (RAP) – faturamento que a transmissora poderá obter com a prestação do serviço – caia de R$ 93 milhões para R$ 52,42 milhões.

O leilão foi considerado “bem sucedido” pelo diretor da Aneel Edvaldo Alves de Santana. “Foi excelente, porque esse deságio significa que as tarifas vão ser menores e, também, vai aumentar a confiabilidade no sistema elétrico”.

As autorizações para implantar 555 quilômetros (km) de linhas de transmissão foram disputadas por 14 empresas e 10 consórcios, entre os quais companhias brasileiras, espanholas, chinesas e portuguesas.

Orçadas em R$ 785,8 milhões, as obras de implantação de linhas de transmissão e subestações serão feitas em seis estados: Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará. Pelas estimativas da Aneel, deverão ser gerados mais de 4 mil empregos diretos.

Apenas um lote, o da Linha de Transmissão Xavantes-Pirineus, em Goiás, com 50 km de extensão, não teve interessados.

Os vencedores do leilão deverão apresentar os documentos de habilitação no dia 17 de dezembro e a oficialização dos negócios está marcada para 18 de janeiro de 2011. Pelos termos do acordo, o início das operações deve ocorrer até 24 meses após a assinatura do contrato.