Os preços do petróleo caíram forte com investidores temendo que o risco de radiação aumente no Japão e complique ainda mais os esforços que o país terá de fazer daqui em diante para reconstrução e recuperação econômica após o devastador terremoto, seguido por tsunami, de sexta-feira.

Às 9h50 (de Brasília), o contrato do WTI cedia abaixo de US$ 98,00 o barril, a US$ 97,79 o barril, queda de 3,36%; o contrato do brent cedia 4,30% para US$ 108,80 o barril.

Nesta terça-feira, o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse haver alto risco de elevada radiação ter sido emitida dos reatores em Fukushima, após a explosão de um terceiro reator na usina de Daiichi.

O chefe da Autoridade de Segurança Nuclear da França, Andre-Claude Lacoste, disse que o acidente ocorrido na usina nuclear Daiichi aumentou de gravidade e é agora classificado como de nível 6, em um escala internacional para acidentes nucleares que vai até 7. O acidente em 1979 em Three Mile Island, na Pensilvânia, é classificado como de escala 5. Já o desastre nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, considerado o pior da história, é apontado como nível 7.

O Japão poderá ter de importar mais petróleo e produtos refinados para gerar energia, em substituição à energia das usinas nucleares agora danificadas ou paralisadas no país. Mas as expectativas de aumento na demanda está, por enquanto, sendo minimizada pelo aumento das preocupações sobre o impacto do terremoto e dos vazamentos de radiação na economia global.