O Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) formalizou hoje (18) a liberação de R$ 6 milhões adicionais para ações de curto, médio e longo prazos que serão desenvolvidas pela entidade no Rio de Janeiro. O objetivo é contribuir para a retomada econômica dos municípios castigados pelas chuvas e avalanches de terra ocorridas em janeiro deste ano na região serrana fluminense.

O diretor superintendente do Sebrae/RJ, Cezar Vasquez, disse que a entidade está pesquisando as necessidades de cada empresa da região. Segundo ele, a entidade dará consultoria e apoio a empresas dos municípios castigados nos próximos 18 meses.

“Além disso, uma parcela dos recursos será destinada a políticas públicas, em apoio às prefeituras, para rever a legislação, flexibilizar as normas para as empresas atingidas, planejamento da recuperação econômica, oficinas técnicas para elaboração de projetos e captação de recursos pelo poder público”, afirmou Vasquez.

Das 12,5 mil empresas existentes nos municípios atingidos pela enxurrada, 5 mil foram atendidas pelo Sebrae/RJ em dois meses. “Nem todas foram atingidas diretamente. Muitas tiveram problemas decorrentes da redução da atividade econômica na região e estão buscando crédito e apoio à comercialização.”

As micro e pequenas companhias que foram integramente destruídas serão realocadas em condomínios empresariais que o governo do estado pretende construir na região. Vasquez disse que a previsão é que sejam construídos em torno de 18 desses empreendimentos. “A expectativa do governo do estado é que esses condomínios empresariais sejam construídos no prazo máximo de 12 meses.”

O Sebrae/RJ participará da seleção das empresas que serão realocadas e dará consultoria para que reiniciem suas atividades. Além disso, a entidade continuará atendendo as empresas, envolvendo setores mais importantes na região serrana, entre os quais turismo, vestuário, agronegócio, metalmecânico.

Além do reforço do caixa para a entidade regional, o Sebrae nacional credenciou o Banco do Brasil e a Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (Investe Rio) para conceder empréstimos por meio do Fundo de Aval às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Fampe) na região. Desde as enchentes ocorridas em Santa Catarina em 2008, o Sebrae criou uma norma permanente no fundo de aval para situações de emergência. Com isso, as taxas de juros para as empresas atingidas caíram de 1,2% ao ano para 0,12% por ano.