Aproximadamente 150 pessoas de Dracena e região participaram do 1º Encontro Regional da Alta Paulista do combate e exploração sexual infanto juvenil ontem (1º) à tarde, no auditório da Fundec.

A secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Darcy Rejani comentou que notou que o interesse pelo tema foi grande pelo número de participantes. A reunião seria realizada numa sala com capacidade para cerca de 100 pessoas, mas teve que ser transferida para o anfiteatro para acomodar o público maior, que abrangeu representantes de escolas, conselheiros tutelares e demais entidades que prestam assistência às crianças e adolescentes.

O Encontro teve como palestrantes as psicólogas Marli Moreira Neves e Janine Fumagalli Betio que falaram sobre negligência e fatores psicológicos, na vida da criança e adolescente, vítimas de exploração sexual; a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher de Dracena, Maria Ângela Tófano Rodrigues, tratou o combate à exploração sexual infanto juvenil e a assistente social, terapeuta familiar e professora da Unifadra, Néli Henriques Cacozzi abordou a importância da família para a superação do trauma.
A delegada Maria Ângela Tófano Rodrigues falou com a reportagem do Jornal Regional sobre os casos de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes na cidade. Ela informou que não há grandes problemas. “Não temos casos de exploração sexual, propriamente ditos, mas, sim fatos isolados”, diz.

A delegada considerou que a negligência dos pais ou responsáveis pode cooperar para as situações de risco. “Algumas vezes encontramos uma resistência grande por conta dos responsáveis legais, que têm conhecimento e não estão dispostos a fazer alguma coisa”, descreve. Sobre a relação entre os adolescentes que se prostituem ou praticam ato libidinoso, visando obter dinheiro para usar drogas, Maria Ângela pontuou que as drogas têm contribuído sobremaneira para que as adolescentes busquem a prostituição para se manter no vício.

Ainda na conversa, ela esclareceu que uma vez percebido o problema, as pessoas devem denunciar. “A denúncia pode ser anônima e o ideal é que contenha o máximo de informações possíveis para facilitar a busca dos responsáveis”, explica.

Ainda de acordo com a delegada, de uma maneira geral, os pais devem estar atentos a sinais como baixo rendimento escolar; ausência prolongada do lar; alteração de comportamento com tendência a agressividade; falta ou excesso de apetite e o fato da criança ou adolescente chegar em casa com objetos, que ela não tem condições financeiras de adquirir.

Esmeralda Hissami Sato representou a diretora regional de Assistência e Desenvolvimento Social da Alta Paulista, Rejani de Menezes Sanches.

O Encontro foi promovido pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e da Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvimento Social da Alta Paulista (Drads).
SERVIÇO – Denúncias podem ser feitas pelo (18) 3821-4240/ 3822-7110 ou 0800-179288.