Após o término da cirurgia emergencial à qual foi submetido, o quadro de Ricardo Gomes permanecia o mesmo, até a manhã de ontem. O estado do técnico do Vasco é grave, mas estável. Ele seguia internado em coma induzido na UTI do Hospital Pasteur, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e respirava com auxílio de aparelhos.

Alguns exames deverão ser refeitos com o objetivo de avaliar a evolução da cirurgia emergencial, realizada pelo médico José Antônio Guasti. O procedimento teve como meta principal estancar a hemorragia e reestabelecer a circulação do sangue no cérebro de Ricardo Gomes, que sofreu um AVC (acidente vascular cerebral). As possibilidades são muitas e até mesmo uma nova intervenção cirúrgica não foi descartada.

O treinador vai permanecer no hospital, no mínimo, entre oito e dez dias. De acordo com Clóvis Munhoz, chefe do departamento médico do Vasco, o lado do cérebro afetado pela hemorragia foi o direito, com um edema maior do que dois centímetros (considerado importante) e está relacionado aos movimentos de braço e perna e também à fala.

O CASO – O comandante vascaíno se sentiu mal por volta dos 20 minutos do segundo tempo do clássico entre Flamengo e Vasco, no domingo (28), no Engenhão. Ele foi levado, inicialmente, para o centro médico do estádio, e, em seguida, encaminhado para o hospital.

Clóvis Munhoz explicou que a hemorragia provocou um grande coágulo na região temporal do cérebro. A cirurgia foi feita para retirada deste sangue coagulado, reduzindo a pressão cerebral. No momento em que aconteceu a hemorragia, a pressão arterial do treinador era de 19 por 12. O normal é 12 por 8.