Alexandre da Silva Fernandes escreveu seu nome na história dos jogos Parapan-Americanos. O dracenense conquistou medalha de bronze nos 400m nado livre, na Arena Scotiabank, em Guadalajara (México), na tarde de terça-feira (15). O campeão da prova foi outro brasileiro, Caio de Oliveira e vice-campeão o argentino Lucas Poggi.

O técnico de Alexandre, Julio César Monteiro, disse que se repetiu o pódio do Open Internacional do Rio de Janeiro, realizado em outubro. “Alexandre queria muito devolver a derrota sofrida no Rio para o argentino e adotou um estilo inicial de prova muito forte, talvez, que o tenha desgastado para fechar a prova, uma vez que até a marca dos 300m sempre esteve à frente do argentino, que nos 100m finais encostou no dracenense e fechou a prova em segundo lugar”, comentou Monteiro.

Ele ainda disse que o bronze representa muito para Alexandre, pois há quase dois anos vem buscando reavaliação funcional junto ao Comitê Paraolímpico Internacional para a sua categoria de origem (S 7) e, neste período, tem competindo com pessoas com menor comprometimento físico e motor. “Ainda assim, Alexandre conseguiu sua convocação para o selecionado nacional e conquistou uma medalha, provando que mesmo com as adversidades, continua vencendo”, acrescentou.

Via email, Alexandre contou ao técnico a emoção da conquista do bronze, da ansiedade para nadar a primeira prova do programa (50m livre), da piscina lotada no Scotiabank e da atenção, admiração e respeito que o povo mexicano tem com eles. Disse ainda que precisou se ausentar da Arena por alguns minutos e foi cercado pelos mexicanos querendo ser fotografados ao lado dele e pedindo autógrafos.

PROVAS – Na segunda feira (14), Alexandre ficou em 6º lugar nos 50m nado livre e volta a competir amanhã (18) nos 100m nado livre e 100m nado borboleta.

Na prova dos 100m nado livre, Alexandre, que antes da competição estava com a 3ª melhor marca, caiu para a 4ª posição, após a inclusão de Willian Santana que competiria pela categoria S 9 e tem melhor tempo que o dracenense.

Já nos 100m borboleta, segundo o técnico Monteiro, as chances de medalha são mínimas, primeiro em função da distância, uma vez que Alexandre não tem batimento suficiente de perna e os tempos dos concorrentes são bastante inferiores ao dele. No entanto, reforçou que o atleta buscará mais pontos para o Brasil.