O aquecimento da economia, a exigência de qualificações ou até mesmo a falta de profissionais no mercado fazem com que empregadores tenham dificuldade para preencher vagas muitas vezes consideradas estratégicas, afirmam especialistas.Nos últimos anos, houve um avanço no crescimento dos empregos formais. Entretanto, há milhares de vagas espalhadas por todo o país.
A área educacional também sente esse reflexo em âmbito nacional e também na região da Alta Paulista.“Em alguns casos, temos que buscar profissionais em outras localidades, como Marília, Bauru e Maringá, para atuar no ensino superior”, comentou o diretor acadêmico da Unifadra, Enio Garbelini.
Ainda de acordo com Garbelini, esse reflexo da falta de docentes mestres e doutores é sentido em Dracena com oportunidades nas áreas de segurança de redes e tecnologia, além dos cursos de Educação Física, Enfermagem e Serviço Social.
Na área de tecnologia, a falta de profissionais chega a preocupar, de acordo com a Catho Online, site que reúne e tabula ofertas de empregos e currículos em várias profissões. “Atualmente há 17.000 vagas específicas para a área de tecnologia. A escassez é generalizada”, diz Leonardo Dias, gerente de processos estratégicos da Catho. “As empresas procuram profissionais de todos os níveis e especialidades”, mencionou o gerente.
Conforme o Datafolha, o recrutamento de candidatos qualificados é mais difícil nos setores de tecnologia da informação (32%), informática (16%), construção civil (14%) e engenharia (13%). “Uma das principais razões para esse déficit de profissionais está no seu aprendizado em sala de aula”, diz Lucas Toledo, gerente-executivo da divisão de tecnologia da empresa de recrutamento Michael Page no Brasil.