A Polícia Civil de Água Clara (MS), demonstrando eficiência e qualidade nas investigações, localizou e prendeu o homem que matou por degola e com pauladas o fazendeiro Hermenegildo Della Libera, de 83 anos, conhecido entre os amigos pelo apelido de Miné, que residia em Dracena. Está preso temporariamente por 30 dias, o peão Wilia Alves da Silva, de 29 anos, que reside em Barra do Garça, no Mato Grosso. Ele trabalhava na fazenda do filho de Hermenegildo e confessou com detalhes ao delegado Nilson Fonseca Martins, de Água Clara como e porque matou o fazendeiro. 

Segundo o delegado, Wilia disse que no domingo (27), por volta de 17h, executava um serviço na fazenda quando Miné se ofereceu para ajudá-lo e então respondeu que não, mas a vítima insistiu em participar dos serviços. 

Ele confessou ainda que em dado momento, o fazendeiro se machucou com uma ferramenta e ai houve o desentendimento, mas tudo se normalizou. 

O peão afirmou a polícia quando efetuava outro serviço, a ferramenta bateu no braço de Hermenegildo e novamente houve uma discussão. 

Wilia disse que na discussão levou um tapa no rosto e nervoso pegou uma faca e desferiu um golpe no pescoço e outro no maxilar do fazendeiro que caiu no chão. 

Na sequência, o peão diz que vendo Miné no chão, pegou o pedaço de madeira e deu três pauladas na nuca dele. 

Depois notando que tinha matado Hermenegildo, desesperado com o que fez e por estar sozinho na fazenda, decidiu colocar o corpo no Escort da mulher do fazendeiro e o levou para a beira da estrada que fica entre 7 e 8 quilômetros da propriedade e lá o abandonou, retornando a pé para a fazenda. 

Durante as investigações, o delegado Martins intimou os funcionários da fazenda de Hermenegildo para o depoimento preliminar, entre eles, estava Wilia. Segundo o delegado, enquanto aguardava para ser ouvido, Wilia evadiu-se da delegacia de Água Clara. 

Como não sabia o que fazer para sair de Água Clara ele não retornou a fazenda e ficou escondido em uma casa abandonada localizada nas proximidades, quando foi localizado e preso confessando o crime. 

Na quinta-feira à tarde, o delegado Martins, sua equipe e a perícia realizaram na fazenda a reconstituição do crime, onde Wilia confirmou os fatos que a Polícia Civil já havia apurado nas investigações, ou seja, matou por causa do tapa que levou no rosto. “Muita gente diz que não se mata por causa de um tapa no rosto, mas Wilia que é peão disse que nunca levou um tapa nem mesmo se quer do pai dele”, comentou o delegado. 

O delegado afirmou que representou pela prisão temporária de Wilia e a Justiça concedeu. Ele explicou ainda que as investigações prosseguem no caso e que nos próximos dias pretende pedir a transformação da prisão temporária em preventiva para que o peão fique preso até o julgamento. 

Martins lamentou a morte do fazendeiro, mas se mostrou satisfeito pelo resultado positivo das investigações que esclareceu o caso. “A prisão de Wilia é uma resposta à sociedade e fico feliz com isso. Foi um trabalho bom e simplesmente ele confessou tudo”, comentou o delegado.