A reitora da Universidade São Marcos, Maria Aurélia Varella, disse hoje (23) à Agência Brasilque ainda não foi comunicada oficialmente da decisão do Ministério da Educação (MEC) sobre o descredenciamento da instituição. “Até este momento, não fomos informados de maneira oficial”, disse.
O MEC informou que apesar do descredenciamento ainda não ter sido publicado no Diário Oficial da União, a medida já tem validade e a universidade não pode aceitar novos alunos. O ministério também declarou que vai supervisionar a transferência dos alunos para outras universidades e que aqueles que são bolsistas do ProUni, por exemplo, não devem perder o benefício. A São Marcos, segundo o MEC, terá a obrigação de garantir a documentação necessária para a transferência do aluno para uma nova instituição.
Segundo o MEC, a instituição foi descredenciada após terem sido observadas irregularidades que comprometeram o seu funcionamento. Na próxima segunda-feira (26), o descredenciamento da Universidade São Marcos será publicado no Diário Oficial da União, mas, segundo o ministério ainda cabe recurso à decisão.
A Universidade São Marcos tem hoje em torno de 1,8 mil estudantes, em São Paulo, e 900 alunos em sua unidade instalada na cidade de Paulínia (SP). Durante esta semana, segundo a reitora, as aulas ocorreram normalmente e só foram suspensas hoje, de forma excepcional. “Mas a partir de segunda-feira [os estudantes] terão aula normalmente – a menos que sejamos oficiados sobre o descredenciamento”, declarou.
Por meio de nota publicada no site oficial da instituição, a reitora e o interventor judicial da universidade, Carlos Roberto Galli, disseram que “a forma da divulgação [do descredenciamento] causou estranheza e está gerando um grande desencontro de informações entre a imprensa, os professores, alunos e a sociedade”.
A reitora e o interventor também informaram que está agendada uma reunião de esclarecimentos, na próxima segunda-feira, entre os representantes da universidade e do MEC para que sejam discutidas as novas diretrizes a serem seguidas. “Portanto, as aulas não foram interrompidas e continuam normalmente. Pedimos a todos que aguardem um novo pronunciamento de nossa parte”, diz a nota.