Você acredita em milagres? Sim ou não. O fato é que na vida do engenheiro eletricista Alexandre de Paula Menezes, 37 anos, completos no último dia 23 deste mês, um milagre aconteceu. É uma história muito emocionante que envolveu toda a sua família, amigos e pessoas de várias religiões e filosofias de vida.

No mês de agosto deste ano, Alexandre começou a sentir fortes dores de cabeça. Ao passar os dias, o problema só foi intensificando cada vez mais, o fazendo sentir dormência na boca, formigamento na mão e na perna, sempre do lado direito do corpo. No Dia dos Pais [12 de agosto] foi até a ABD – Associação Bancária de Dracena participar de um jogo de futebol, mas percebeu que não conseguia nem chutar a bola.  

Com a situação se agravando e os dias passando, ele e a sua esposa Roberta Cristina, com que é casado há 9 anos [em janeiro eles completarão 10 anos] resolveram procurar um médico na cidade e então passaram por consulta com o neurologista Carlos Antônio Scardovelli.

Alexandre conta que o médico o examinou e percebeu o problema que apresentava, era grave segundo o profissional, solicitando exames mais específicos, como a tomografia e a ressonância.

“Fomos a Presidente Prudente passar pelo exame que confirmou que eu estava com um angioma cavernoso ou também conhecido por cavernoma, localizado no tronco cerebral. O dr. Scardovelli analisou o  resultado e nos disse que era um caso sério, que em Dracena não teria recurso para tratar e nos mandou ir para São Paulo”, lembra Alexandre dizendo que o médico indicou um profissional da área do Hospital Albert Einstein.

“Lá o médico me disse que a situação realmente era grave, que teria que passar por cirurgia, porém se aceitasse operar teríamos que combinar tudo certinho, porque haveria o risco de sequelas. Também disse que era bom aguardamos dois meses para a realização de novo exame”. Alexandre conta que o médico recomendou alguns cuidados e receitou remédio para controlar as dores na cabeça.

“Nesse período de dois meses passamos por outros cinco médicos e ficamos sabendo do neurocirurgião, o dr. Evandro de Oliveira, da Unicamp de Campinas que atende em São Paulo. Na consulta ele informou que a cirurgia que teria que passar realizaria em mim com a maior tranquilidade, porque era o que ele fazia diariamente. Por ele, eu operaria dentro de uns 15 dias, mas achei melhor aguardar, passaram-se dias, e, posteriormente fiz outra ressonância e voltei ao médico. Ele informou que estava tudo igual, porém já não sentia mais as dores e o médico explicou que isso era normal, mas que para sanar o problema teria que passar pela cirurgia”. Alexandre e o médico definiram a cirurgia para o último dia 27 de novembro, terça-feira passada.

Durante todo esse período que ele e a sua família sofreram com o problema foi de muita fé e oração. Roberta, esposa de Alexandre, se recorda que recebeu em sua casa pessoas das mais diferentes religiões e recepcionava a todos sempre com muita devoção, porque acreditava na cura, em um milagre. “Sempre nos apegamos muito ao Senhor Jesus Cristo, não foi fácil passar por tudo. Em muitos momentos de dor chorava escondido para o Alexandre e nem meus filhos verem”, conta Roberta com um tom de voz calmo e confortado por uma força maior.

Na última segunda-feira (26), Alexandre deu entrada na Beneficência Portuguesa em São Paulo, para realizar a cirurgia. Acompanhado de sua mãe, dona Clarice e Roberta ele foi internado para no dia 27 operar. “Às 7 horas da manhã da terça-feira (que passou), no quarto do hospital a equipe começou a me preparar para a cirurgia, me pré-medicaram com um tipo de calmante, aplicaram o soro, passaram os médicos – anestesista, o cardiologista, repetimos a ressonância perguntei se a mancha ainda estava lá e me disseram que estava”. Seriam 11 horas de cirurgia. Roberta conta que o procedimento no centro cirúrgico seria realizado com o Alexandre sentado, pelo local onde teria que ser operado – o tronco cerebral.

“Quando chegou o momento certo, eu e minha sogra nos despedimos do Alexandre. Falei para ele ir com Jesus que tudo iria dar certo. Então eu e a dona Clarice fomos até a capela do hospital para rezarmos, ficamos por lá quase uns 40 minutos e depois seguimos para o hotel onde estávamos hospedadas, ficava bem perto ao hospital. Após algumas horas, tocou o telefone no quarto, era o médico informando para nós voltarmos ao hospital, porque não iria mais operá-lo, fiquei extasiada”, afirma Roberta.  

Então ela chegou ao hospital e Alexandre comentou que achava que a situação não era boa. “Fiquei muito desanimado, achei que o médico havia desistido de mim, que meu caso não tinha solução e que nem iriam me operar por isso”. Após um pouco mais de uma hora esperando na maior preocupação com o que estava acontecendo, entra o dr. Evandro (o neurocirurgião) no quarto sorrindo. “Pensei meu Deus do que este médico está sorrindo, eu aqui nesta situação e ele alegre”.

Foi quando ele deu a notícia para Alexandre e a sua esposa, de que o paciente estava muito bem e que não observava mais na ressonância o angioma, apenas uma mancha de sangue que o organismo absorveria.

“Foi um momento de tanta alegria, emoção e agradecimento a Jesus e Nossa Senhora Aparecida, quando o médico me disse que estava de alta’.

O médico explicou a Alexandre que ele será monitorado. Daqui a seis meses precisará voltar para passar por um novo exame para constatar se realmente está tudo bem. A cirurgia já estava paga em R$ 71.800, o dinheiro foi devolvido. “Achei o comportamento do dr. Evandro de um grande profissional por tudo”.

Antes de decidir se iria operar ou não, Alexandre diz que sempre pedia a Jesus para mostrar o melhor caminho e apontar um sinal de que era aquele médico a fazer o serviço e Jesus o mostrou. “Na consulta definitiva que agendamos a cirurgia, o médico começou conservando comigo falando em nome de Deus, nesse momento constatei que ele era um homem de Cristo e certo para me operar, no meu ponto de vista”.  

A família de Alexandre é espírita e Roberta conta que o seu marido tem uma grande devoção por Nossa Senhora Aparecida, inclusive em sua casa possui uma imagem da santa. “É uma fé grandiosa na mãe de Jesus Cristo que emociona a gente. Temos a certeza de que vencemos toda essa luta pela força da oração das centenas de pessoas que nos ajudaram dando força e mostrando o caminho da fé”, ressalta Roberta.

Alexandre sorri dizendo que não é possível citar o nome de todas as pessoas que o ajudaram com orações, porque não caberia nesta página. “Em vários momentos tive a certeza de que Jesus estava comigo. Foram dias de muita fé, como por exemplo, no dia 12 de outubro, quando fui até a igreja Matriz e orei intensamente para Nossa Senhora Aparecida me emocionando muito. Deus é um só e tenho a certeza de que a grande corrente de oração feita para mim foi o que me curou”.

A mancha que Alexandre tinha no cérebro media 1,8 centímetro.

A cura foi um grande presente para a vida de Alexandre que agora segundo ele terá ainda mais sentido para continuar criando com alegria os seus dois filhos – Bruno de 8 anos e Felipe de 5 anos. Também se dedicando aos seus pais Eurico de Paula Menezes Junior e dona Clarice.

Eles moram em Dracena há cinco anos e Alexandre exerce a função de gerente industrial da Usina Ipê localizada em Nova Independência.