A volúpia das águas
As autoridades e os moradores de Tupi Paulista e de Monte Castelo não vão se esquecer tão cedo das fortes chuvas do começo de fevereiro. Na primeira, os 113 milímetros acumulados provocaram inundações e grandes prejuízos a moradores que tiveram sofás e geladeiras totalmente danificados. Na segunda, os 120 milímetros levaram pontes da zona rural e causaram grandes estragos em moradias do perímetro urbano. Às prefeituras cabe o penoso e caríssimo trabalho de reconstrução.

Cosme e Damião
Em razão do recrudescimento da fiscalização das autoridades para que a lei seca seja cumprida, taxistas têm trabalhado em dupla, diante de bares de algumas pequenas metrópoles do interior. Caso o cidadão tenha tomado algumas doses e tema ser apanhado num comando, um motorista o leva e outro conduz seu veículo até o local desejado. O esquema foi montado a primeira vez por taxistas de Praga, na República Checa.

Não fica barato
Para aperitivar ou jantar com a patroa, sem maiores problemas, o interessado terá que gastar um bom dinheirinho. Numa das cidades em que o esquema foi adotado, o cidadão tem que pagar a corrida, de acordo com a “bandeira” do horário, e desembolsar mais R$ 20 para o segundo taxista que transportará seu carro. Na ótica de um usuário, bem mais em conta do que tomar multa de R$ 1.915,40 e ter a CNH suspensa por um ano.

O sabiá da crônica
Em 12 de janeiro de 2013, passou quase despercebido o centenário do nascimento de Rubem Braga, considerado o maior escritor brasileiro, desde Machado de Assis. Ele era capixaba e conterrâneo do cantor Roberto Carlos, os dois mais ilustres representantes de Cachoeiro de Itapemirim. Depois de produzir uma farta obra, faleceu em 1990, vitimado pelo câncer.

Lutou até o fim
Denominado de o “sabiá da crônica”, enfrentou a doença com dignidade, mas sucumbiu a ela em 17 de dezembro de 1990. E quis morrer sozinho, num quarto do hospital Samaritano, no Rio. Aos amigos que o acompanharam até o fim, escreveu: “Sempre tenho confiança de que não serei maltratado na porta do céu, e mesmo que São Pedro tenha ordem para não me deixar entrar, ele ficará indeciso quando eu lhe disser, em voz, baixa que sou lá de Cachoeiro”.

Vítima de Fernandinho
O excelente jornalista Zarcilo Barbosa (irmão da professora Regina Barbosa Bazzo) conta que em 1990, acometido de câncer, foi lhe recomendado tratamento nos Estados Unidos. Rubem não pôde ir porque sua poupança havia sido bloqueada pelo governo Collor de Mello. Os amigos de Braga procuraram o governo e receberam a resposta de que “se todos que são acometidos de câncer puderem sacar a poupança, o plano Collor está fadado ao fracasso”.

Sábio e precavido
Quando percebeu que não tinha outro jeito, o cronista tratou de se preparar para o pior. Com o dinheiro do salário foi a São Paulo onde funcionava o único crematório do país, indagou o preço e preencheu o cheque. Quando lhe perguntaram onde estava o corpo, apontou o próprio peito. Solicitou que descontassem o cheque logo e aguardassem notícias.

Tem sentido
Ao chegar a Porto Alegre, o atacante Barcos deve mudar seu nome para Iate. Segundo um palmeirense, frustrado com o desfalque, um simples barco não pode valer R$ 5,5 milhões em dinheiro e mais cinco jogadores.

Piada pronta
Em Jaú, o vereador Lampião quer proibir fogos em ambientes fechados daquela próspera comunidade.