Prováveis titulares da Seleção Brasileira para o próximo sábado, contra a Bolívia em Santa Cruz de la Sierra, o vascaíno Dedé e Réver, do Atlético-MG, terão nova chance de atuar juntos em uma partida com apenas jogadores que atuam no futebol nacional. Convocados ao lado do jovem Dória, do Botafogo, tentarão assim encontrar um lugar no time principal, o que quase nunca ocorreu com Mano Menezes.
Nas quatro partidas em duas edições do Superclássico das Américas contra a Argentina, Mano optou por Réver em todas na formação titular. Dedé foi utilizado em três desses jogos e só não foi ao quarto, em novembro do ano passado, porque estava lesionado. Naquele encontro, o então treinador optou pela convocação do veterano Durval, do Santos.
Com Dedé e Réver juntos diante dos argentinos, a defesa brasileira teve desempenho elogiável. Nestes três jogos, conseguiu duas vitórias, um empate e, principalmente, foi vazada apenas uma vez, gol marcado em Goiânia pelo ex-corintiano Martínez. Com Réver e Durval, jogo que marcou a demissão de Mano, o Brasil empatou por 2 a 2, e venceu nos pênaltis.
Nas partidas em que a Seleção Brasileira teve força máxima, Réver jamais teve a oportunidade de iniciar entre os titulares. Dedé, que tenta recuperar o nível exibido em 2011, começou duas partidas seguidas nessa condição – vitórias sobre a África do Sul, por 1 a 0, e a China, por 8 a 0, ambas em setembro último.
A rigor, Felipão parece inclinado a ter David Luiz, Dante e Thiago Silva entre seus zagueiros para a Copa das Confederações, o que também indica uma possível disputa por Dedé e Réver na última vaga para o grupo. No fim do mês, uma nova convocação caseira será realizada para amistoso com o Chile. Miranda, do Atlético de Madrid, e Leandro Castán, da Roma, foram outros já acionados pelo treinador nas três convocações realizadas.
Com grande vocação ofensiva, Réver é um dos principais destaques do Atlético-MG, atual vice-campeão brasileiro e em grande forma em 2013. Ele já marcou seis gols em 12 jogos nesta temporada, média que no elenco atleticano só é superada pelo centroavante Jô, que também marcou seis, mas em 11 jogos. É ainda o zagueiro com mais gols no ano entre os clubes da elite nacional.
Dedé, por sua vez, convive com especulações quase diárias sobre seu futuro em meio à crise que levou praticamente todos os titulares do Vasco de 2012. Cortado da Seleção nos últimos amistosos contra Rússia e Itália por uma infecção, ele tem 12 jogos no ano e três gols marcados. Paulo Autuori, novo treinador vascaíno, avisou que a permanência do jogador em São Januário é praticamente impossível para o próximo semestre.