A possível desativação de Bases da Polícia Militar Rodoviária (PMR) em todo o Estado, não foram confirmadas até ontem (16), pelo comando da Polícia Militar, em São Paulo. É o que informou a assessoria de imprensa da corporação vinculada à Secretaria Estadual da Segurança Pública, ontem ao Jornal Regional.

A nota do comando da Polícia Militar, encaminhado ao JR, informou que: “o assunto atinente à modificação de Bases da Polícia Rodoviária Estadual ainda se está em estudo”. Novas informações, segundo a assessoria de imprensa, serão repassadas aos meios de comunicação de todo o estado, assim que o assunto estiver definido.

A desativação das Bases da PMR no Estado, como as existentes na região, em Dracena e Adamantina, nas margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), começou como boato, mas alcançou uma proporção maior nos últimos dias. Segundo informações na mídia da capital, cerca de metade das Bases Operacionais da Polícia Rodoviária do Estado podem realmente deixar de existir.

A justificativa do Comando-Geral da Polícia Militar do Estado é que o fechamento faz parte de uma reestruturação a fim de liberar mais policiais para fiscalizar as rodovias. O comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, coronel Benedito Roberto Meira, teria comentado que atualmente, há 129 bases e que foi feito um estudo e foi concluído que dessas, 62 poderiam deixar de existir.  Meira ressalva que o fechamento ainda está em caráter de possibilidade. “Já tivemos essa conclusão das que poderiam ser desativadas, porém, ainda estamos estudando esse fechamento”.

No estudo, segundo Meira, foram considerados vários fatores para definir a necessidade ou não da existência de cada uma das bases. “Verificamos, por exemplo, se havia um serviço de atendimento do usuário naquela rodovia e qual era o fluxo do local”, explica o comandante. Ele explica que cada base precisa ter, no mínimo, cinco policiais. Com isso, a expectativa é de que o fechamento libere aproximadamente 380 policiais rodoviários para fazer a fiscalização nas rodovias. “É uma estratégia. Algo para melhorar. Dentro das bases, os policiais realizam uma fiscalização muito restrita”.

O estudo está sendo apresentado aos poucos. “É justamente para sentir a resposta. Estamos sentindo o impacto dessa possibilidade”. Por isso, ainda não há um prazo para que o projeto saia do papel. “Estamos ouvindo todo mundo e analisando as reclamações. Podemos fechar parcialmente. Por exemplo, das 62 que analisamos não haver necessidade de existir, manter 20”, ressalva o coronel.

Contudo, apesar do caráter de estudo, a possibilidade já parece bastante adiantada. Em várias regiões do Estado, o boato cresce entre os próprios policiais rodoviários. Questionado se a medida envolve cortar custos, o comandante-geral da PM do Estado, Benedito Roberto Meira, confirma que sim, justamente pelos gastos de manter a base operacional. Porém, não há detalhes orçamentários.