A Santa Casa de Dracena, assim como as dos municípios de Presidente Prudente, Martinópolis e Presidente Venceslau que compreendem os 55 municípios da região de Prudente participaram do Ato de Mobilização Nacional para alertar a sociedade sobre o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase na realidade da crise das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, segundo a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp).

De acordo com o gerente administrativo da Santa Casa de Misericórdia de Dracena, André Eduardo Guizardi, como protesto e sensibilização pública, não foram realizadas cirurgias eletivas (não urgentes). “Apesar de não ser realizada com muita frequência, a paralisação não causou tantos transtornos aos pacientes, em vista que o hospital realiza poucas cirurgias eletivas ao dia. Aqueles com cirurgia eletiva marcada foram remanejados para outro dia”, diz.

Os casos de urgência, emergência e exames como, por exemplo, o raio-x foram atendidos normalmente. A pauta de reivindicações do movimento é o reajuste de 100% para os procedimentos de média e baixa complexidade da Tabela SUS que não é reajustada há mais de 10 anos.

Como exemplo da defasagem, André cita que numa cirurgia de hérnia, o SUS paga R$ 540, enquanto que o convênio repassa R$ 1.500 mil ao hospital. Na cirurgia de colecistectomia sai por R$ 693,05 (SUS) e R$ 2.845,88 (convênio).

Segundo a Fehosp, a paralisação atingiu ontem, 2.100 instituições no País. Só no estado de São Paulo, foram 70 hospitais participantes do protesto. A defasagem da tabela de procedimentos do SUS impõe um déficit de R$ 5 bilhões por ano às instituições, responsável por uma dívida total de cerca de R$ 12 bilhões.