O Estado de São Paulo registrou queda nos latrocínios (roubos seguidos de morte), nos roubos e roubos a banco no mês de março. Também registrou o maior número de prisões pelas polícias Civil e Militar nos últimos 12 anos. É o que apontam as Estatísticas da Criminalidade, divulgadas ontem (25) pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Os indicadores, que estão disponíveis para consulta no site da SSP, apontam que, nos 31 dias de março, os números dos roubos seguidos de morte caíram 5,56% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi uma redução, em números absolutos, de 36 para 34 casos no âmbito estadual.
Apesar da redução verificada no mês, o trimestre ainda apresentou alta neste indicador. Nos três primeiros meses de 2013, os casos subiram 18,82% em relação aos números de 2012 (de 85 para 101 ocorrências).
Tomado isoladamente, o mês de março também apresentou redução de 4,65% no número de roubos (de 21.452 para 20.455 registros), 6,66% nos roubos de cargas (721 para 673) e 40% nos roubos a banco (30 para 18 casos). Houve, ainda, uma queda de 4,49% nos furtos de veículos – de 10.234 ocorrências em março de 2012 para 9.774 no mesmo período deste ano. Os furtos comuns se mantiveram estáveis, com queda de 0,87% (de 46.930 para 46.521 registros).
As reduções acontecem depois que a Secretaria de Estado da Segurança Pública iniciou uma série de reuniões regionais com os dirigentes das polícias Civil, Militar e Científica para cobrar resultados. Além dos encontros regionais, o secretário Fernando Grella iniciou, a partir de março, de uma série de reuniões bimestrais em que haverá cobrança de metas na melhoria dos indicadores.
TRIMESTRE – No comparativo trimestral, as quedas foram menores e ainda houve aumentos em algumas modalidades. No caso do roubo a banco, por exemplo, a redução foi de 24,62% nos três primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período de 2012 (de 65 para 49 casos). Os roubos de carga foram diminuídos em 4,40% (de 1.911 para 1.827).
Os demais indicadores de crimes patrimoniais tiveram alta. O roubo, por exemplo, subiu 1,25% (de 58.526 para 59.260) e o roubo de veículos, 5,07% (de 21.827 para 22.933).
Os homicídios dolosos (aqueles em que há intenção de matar) subiram 10,30%. Foram 1.189 casos no Estado contra 1.078 em 2012. A taxa de mortes por 100 mil habitantes no Estado, calculada nos últimos 12 meses (de abril de 2012 a março de 2013) ficou no patamar de 11,72 – a mais baixa do País. No mês de março, isoladamente, foram 403 homicídios – seis dos quais em acidentes de trânsito e um em penitenciária. Em 2012, no mesmo período, haviam sido 394 casos. Houve, portanto, um aumento de 2,28%.
MAIS PRISÕES –
Apesar das altas, houve também mais prisões no trimestre. Os dados da CAP apontam que, nos três primeiros meses do ano, houve um aumento de 17,01% nas prisões – de 35.539 no ano passado para 41.585 em 2013. Trata-se da maior quantidade, em números absolutos, de pessoas presas desde 2001. Naquele ano, no primeiro trimestre, foram registradas 26.932 prisões.
As polícias paulistas também realizaram mais apreensões de drogas ou prisões de traficantes no trimestre. O indicador de produtividade teve uma melhora de 14,89%, com 1.526 flagrantes a mais – de 10.247 nos três primeiros meses do ano passado para 11.773 no mesmo período deste ano.