O Banco do Brasil (BBAS3) teve lucro líquido de R$ 2,56 bilhões no primeiro trimestre, crescimento de 2,2% sobre o mesmo período do ano passado, apesar da expansão de 25,7% da carteira de crédito ampliada no país.
Em termos recorrentes (que excluem ganhos e perdas extraordinários), a maior instituição financeira da América Latina obteve lucro líquido de R$ 2,685 bilhões entre janeiro e março, leve recuo de 0,7% na comparação anual.
Economistas esperavam lucro de R$ 2,7 bilhões, estável em relação ao mesmo período de 2012. A expectativa era de que, apesar de apresentar uma expansão do crédito bastante superior aos pares privados, resultados do fundo de pensão de seus funcionários (Previ) poderiam trazer um impacto negativo.
Desconsiderando a Previ, o lucro líquido contábil do banco cresceu 7,8% e alcançou R$ 2,445 bilhões de janeiro a março.
A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 592,7 bilhões, após crescer 25,6% em 12 meses e 2,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O destaque foi o portfólio para empresas, com expansão de 32,7% em 12 meses, enquanto para as famílias o aumento foi de 26,3%, desconsiderando as operações provenientes do Banco Votorantim e de carteiras adquiridas.
A taxa de inadimplência acima de 90 dias caiu para 2% no primeiro trimestre, ante 2,2% no mesmo período do ano passado.
Os três grandes bancos privados já divulgaram seus balanços e mostraram, entre outros destaques, queda dos spreads. Esse foi o fator que mais impediu uma expansão vigorosa do lucro de Itaú Unibanco (1,3%) e Bradesco (4,5%), na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, ao lado de mudanças no mix de crédito para linhas de empréstimos menos arriscadas e Selic mais baixa que no início de 2012. No caso do Santander, houve uma queda de 29,6%.