Há 15 anos, os paulistas convivem com o feriado de 9 de Julho. Porém, é comum observar pessoas se perguntando o significado da data. Apesar de sua importância, a Revolução Constitucionalista é pouco analisada, mesmo pelos livros didáticos. O movimento armado, ocorrido entre julho e outubro de 1932, pedia o fim do governo provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova Constituição, para restabelecer a autonomia dos estados. 
Ainda não pegou
Na visão de José Amilton Souza, coordenador de pós-graduação de História da Fundação Santo André, o ato de se decretar um feriado tem a ver com a tradição. E é preciso tempo para que a importância de um fato histórico seja devidamente compreendida. Além de ser relativamente nova, a paralisação dos serviços neste dia foi determinação do governo e não ocorreu por pressão popular, explica. “Demorou 65 anos para que passasse a ser feriado e o povo pouco participou desse processo”.
Das elites
Além de a política sempre ter sido distante das massas, este movimento social foi um dos que nasceu de ‘cima para baixo’, diz Souza. Ou seja, não foi encabeçado pela população mais pobre. Com isso, nem sempre há compreensão das pessoas sobre o tema. “Até mesmo em sala de aula estudamos outros movimentos com mais intensidade, como a Guerra dos Canudos que aconteceu na Bahia”, conclui.
Tribuna livre
“Aproveitando que estamos em fase de contestações, pergunto por que os organizadores de nossa festa anual (Fapidra) nunca publicaram uma prestação de contas, já que o dinheiro público é injetado todo ano para realização do evento. Os vereadores nunca enxergaram isso ou só ficam pensando em implantar ‘quebra-molas’ pela cidade”. (De um leitor desta folha)
Voos da alegria
Decorridos mais de 10 dias, continuam repercutindo os protestos contra o uso indevido de aviões da FAB para o transporte dos presidentes e agregados do Senado e da Câmara Federal. Mesmo acompanhando os atos de protesto que se multiplicam nas ruas, Calheiros e Henrique parecem estar se lixando. Tomando emprestada uma frase do paulistano André Luiz F. Cunha: “A prática revela uma confusão entre o público e o privado que remanesce há séculos na política brasileira e não se compatibiliza com a Constituição de 1988”.
Festinhas caríssimas
As despesas com os périplos dos peemedebistas Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves, para seus momentos de lazer, constituem verdadeira afronta aos brasileiros que ganham salário mínimo. Consta que uma hora de voo em um jatinho de pequeno porte custa pelo menos 10 mil dólares com manutenção, combustível, logística e gasto do pessoal.
Perda irreparável
Atordoados, recebemos a notícia do falecimento de Massaru Quinoshita, após cirurgia cardíaca em Presidente Prudente. Durante mais de duas décadas foi um companheirão em várias reportagens. Por ocasião de nosso último papo, comentava sobre o próximo trabalho nos Jogos Regionais, competição que ele adorava cobrir. À esposa Geni, aos filhos e demais familiares sinceras condolências.
Dois “agricultores”
Além das reportagens sobre esporte e fatos regionais, Massaru participou conosco de inúmeros dias de campo, promovidos pela Cati e outros órgãos ligados ao setor. Em uma delas, trouxe dois pés de café que foram plantados em um terreno que possuíamos na avenida Presidente Roosevelt. Eles vingaram e a primeira colheita foi inesquecível.