Uma rixa antiga entre dois adolescentes terminou em morte no domingo (4) à noite, em uma lan house localizada na avenida 9 de Julho, no centro de Irapuru. O crime ocorreu por volta de 20h45 quando o adolescente A.V.B.S., de 16 anos, matou a facadas o também adolescente Willian José Veiga Tamião, de 17 anos. 
A polícia apurou que A.V.B.S. estava sentado junto a um computador da lan house acessando a internet quando foi agredido com pauladas na cabeça e no rosto, desferidas por Willian.
O autor do assassinato mesmo ferido com as pauladas conseguiu se desvencilhar e correu para o banheiro, mas voltou armado com uma faca e desferiu diversos golpes em Willian que caiu no chão e morreu no local.
A.V.B.S. mesmo vendo Willian caído ainda continuou desferindo golpes, e, inclusive retornou ao local e deu mais golpes de faca.
O adolescente assassino foi localizado após o crime na residência dele pela Polícia Militar onde confessou e acabou sendo preso e foi encaminhado ao DP sendo apreendido em flagrante pelo delegado Aércio Fajardo Nunes.
A informação inicial foi de que Willian levou mais de 20 facadas.
O delegado Aércio explicou ontem (5) à tarde a reportagem que foram inúmeras facadas desferidas contra a vítima e que somente o laudo necroscópico, cujo resultado deve ficar pronto amanhã (7) vai indicar o total de golpes.
Segundo ele, o autor do crime disse que Willian tinha dito que iria pegá-lo para agredi-lo ou matá-lo e, por isso, agrediu para se defender dos golpes de paulada.
O delegado Aércio Fajardo frisou que o crime abalou a população de Irapuru, há muitos anos não tinha ocorrido nenhum crime de morte tão violenta como este.
Ele afirmou que no local do homicídio havia muito sangue e que um dos golpes atingiu a veia jugular do pescoço da vítima.
A polícia tem a informação de que a vítima e o autor tiveram uma rixa antiga por motivos que ainda são desconhecidos e que no último sábado se desentenderam novamente em Pacaembu.
O menor A.V.B.S. foi autuado pelo delegado Aércio Fajardo, por acusação de crime de homicídio doloso e permaneceu apreendido na cadeia pública de Adamantina.
Ontem ele seria apresentado ao Juizado da Infância e da Juventude que iria decidir pela permanência da apreensão ou soltura.
Caso permaneça apreendido, o adolescente autor do crime deve ser encaminhado a uma Unidade da Fundação Casa e pode permanecer lá por no máximo até quatro anos.