A perícia feita na casa onde cinco integrantes da mesma família foram mortos na segunda-feira (5), na zona norte de São Paulo, aponta para homicídio seguido de suicídio, segundo o coronel da PM Benedito Roberto Meira.
Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, o filho de 12 anos do casal de PMs que também foi encontrado morto, é o principal suspeito do crime.
“Pelo que foi encontrado no local, não tem nenhum objeto revirado. O armamento foi o mesmo em todas as mortes, não tinha calibres diferentes e não tinha sinal de arrombamento [na casa]”, afirmou Meira em entrevista na madrugada desta terça-feira.
Ainda segundo o PM, o garoto era canhoto e o disparo que o matou foi feito do lado esquerdo da cabeça dele, o que poderia ser indício de suicídio.
Uma arma calibre 40, que pertencia à mãe do menino, a cabo da PM Andrea Regina Bovo Pesseghini, estava sem cinco balas e foi encontrada debaixo do corpo dele. Outra arma, um revólver calibre 32 estava na mochila do garoto, segundo reportagem da Band.
O carro de Andrea foi encontrado em frente à escola onde o menino estudava. Segundo Meira, câmeras de segurança vão poder mostrar quem dirigiu o carro até o local.
Porém, o coronel reforçou que a investigação não trabalha só com a hipótese de suicídio do garoto: “Nada impede que outras versões possam acontecer”.
Procurada, a Polícia Militar informou que ainda não tem posicionamento oficial sobre o caso.
Chacina deixa cinco mortos
O casal de policiais militares Luis Marcelo Pesseghini e Andreia e o filho deles Marcelo foram mortos a tiros na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Luiz Marcelo era sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa de elite da polícia paulista.
Além dos três, mais duas parentes também foram mortas: a mãe da cabo e da irmã dela foram encontradas em outra casa que fica no mesmo quintal.
Os corpos das vítimas foram encontrados na tarde de segunda-feira. A polícia foi até a casa das vítimas depois de ter estranhado a ausência da policial no serviço. O sargento da Rota estaria de folga, e colegas de trabalho de um “bico” que ele fazia também estranharam a ausência.
O sargento estava há mais de 15 anos na Rota. O caso deverá ser investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil.