O atacante Diego Costa, do Atlético de Madri, afirmou que optar por jogar pela Espanha foi uma decisão complicada e explicou que isso não o afasta do Brasil. “Foi uma decisão bastante complicada, entre o país no qual nasci e o país que me deu tudo”, disse Costa em vídeo publicado no site do Atlético. 

“Pensei, repensei e o correto é jogar pela Espanha. Porque aqui consegui tudo. Tudo o que tenho em minha vida me foi dado neste país”, completou o atacante, de 25 anos, que chegou ao futebol espanhol na temporada 2008/2009, contratado pelo Celta.

“Foi uma decisão muito pensada. As pessoas precisam entender que não foi uma renúncia ao Brasil, não vejo as coisas desta forma. Tenho familiares no Brasil, é o país onde nasci e onde vou viver quando deixar de jogar futebol”, afirmou Diego Costa, que na terça-feira assinou e registrou em cartório um documento no qual expressa o desejo de jogar pela Espanha.
“Espero que as pessoas entendam e respeitem, porque é uma decisão muito difícil”, insistiu. “Defender este uniforme é uma honra, é uma coisa muito grande na vida de um jogador”, completou o artilheiro do campeonato espanhol com 11 gols.

Diego Costa pode ser a grande novidade da lista de convocados de Vicente del Bosque para os amistosos de novembro da Espanha, em particular o jogo contra a África do Sul no dia 19 no estádio de Johannesburgo, no qual a seleção conquistou a Copa do Mundo de 2010.
Alvo de uma briga nos bastidores entre as federações do Brasil e da Espanha, Diego Costa chegou a ser convocado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para amistosos disputados em março contra Itália e Rússia, entrando inclusive em campo por alguns minutos. No entanto, o novo regulamento da Fifa estipula que um jogador pode trocar de seleção desde que não tenha disputado partidas oficiais.

Natural da cidade de Lagarto, no Sergipe, Diego nunca jogou profissionalmente no Brasil. Em 2007, aos 17 anos, deixou o país para iniciar sua carreira no Braga. Ele atuou por outros clubes de Portugal e Espanha (Penafiel, Celta de Vigo, Albacete, Valladolid, Rayo Vallecano), antes de se firmar no Atlético de Madri.

No clube ‘Colchonero’, começou a despontar na temporada passada, jogando como reserva de luxo do astro Radamel Falcao García, e estourou nas últimas semanas, desde que o colombiano deixou o clube para jogar no Mônaco.

Não convocado para a Copa das Confederações, o atacante viu suas chances de ser titular da seleção brasileira diminuírem com as boas atuações de Fred e Jô. Mesmo assim, Felipão ainda cogitava dar espaço ao jogador, que pré-convocou para os amistosos de novembro contra Chile e Honduras.