Na edição de ontem, 4, o Jornal Regional publicou reportagem onde tratou sobre os “Trotes Universitários” em instituições de ensino superior, que têm por objetivo promover a interação entre veteranos e calouros. No entanto, alguns se tornam verdadeiros “shows de horrores”, quando calouros são submetidos a humilhações, através de situações de constrangimento e até mesmo de violência, tanto a verbal como física.
Na última segunda-feira, 3, uma aluna da FAI (Faculdades Adamantinenses Integradas), que reside em Dracena, foi levada à Santa Casa de Dracena, após passar mal dentro do ônibus que faz o transporte de alunos para a referida instituição de ensino.
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado pela polícia, a jovem K.T.G. foi diagnosticada com intoxicação em virtude da utilização de produtos tóxicos durante o “trote” ao qual foi submetida.
Uma das testemunhas, que acionou o socorro a K.T.G afirmou à Polícia que foram utilizados no trote produtos como gasolina, Lepecid (substância usada no tratamento e proteção das feridas contra bicheiras). O produto é considerado larvicida, bernicida, repelente e cicratizante, exclusivo de uso veterinário.
Além desses produtos ainda foram usados no trote, cola, batom e esmalte.
Sabe-se que o trote não ocorreu nas dependências da FAI, no entanto, nas proximidades.
Na edição anterior, a diretoria da Faculdade havia se posicionado contra os “Trotes Universitários” e que há alguns anos, mantém uma equipe de segurança dentro do campus para impedir a ação no interior da unidade.
Ainda em nota diz não ser favorável a qualquer ação vexatória ou violenta contra os estudantes e que por isso impõe punição.
DIRETOR DA FAI – Sobre o episódio envolvendo K.T.G., o diretor administrativo das FAI, Fabrício Lopes, informou a reportagem no final da tarde de ontem, 4, que a instituição realiza um amplo trabalho de conscientização junto aos discentes nos campus da Faculdade, com a elaboração de conteúdo informativo, divulgado nas redes sociais, cartazes e mídias digitais.
Fabrício também informou que nos últimos dias, somente no campus II da instituição, 20 seguranças trabalham de forma intensificada para coibir trotes violentos no interior da unidade e que a FAI cumpre o seu papel social de formar cidadãos e profissionais de alto gabarito.
Ainda enfatizou que tem como praxe encaminhar ofícios as autoridades de segurança pública para que intensifiquem o patrulhamento nas imediações dos campi da Faculdade.