A família do bebê de 25 dias que foi salvo de um engasgamento pelo Corpo de Bombeiros de Adamantina na segunda-feira, 3, voltou a Corporação na tarde de ontem, 4, para agradecer a equipe.
Os bombeiros que socorreram o bebê não estavam a serviço ontem, 4, mas o comandante do Posto, Evandro Nakazima Baldo e os demais da guarnição recepcionaram a família juntamente com a reportagem.
João Miguel Vieira de Souza, completa hoje, 5, 27 dias de vida. Ele se engasgou enquanto dormia, cerca de três horas depois de ser amamentado. A mãe do bebê conta que acordou com o choro dele e em seguida ele ficou sem reação, soltando apenas uma espuma branca pela boca.
Todos entraram em desespero e a avó de João Miguel, Élia Damacena de Souza, que mora na mesma casa, tentou reanimá-lo apalpando as costas e peitoral, mas sem sucesso. Imediatamente a avó e demais familiares se deslocaram até a Corporação.
Os soldados Ferramosca e Aquino e o cabo Benoni realizaram o atendimento imediato da ocorrência e fizeram a aspiração das secreções fazendo com que aos poucos a criança voltasse a oxigenação.
PRECAUÇÃO – Casos como este são comuns e extremamente perigosos, revelou o 1º sargento e comandante do Posto de Bombeiros de Adamantina, Evandro Nakazima Baldo. “Manter a calma é difícil nessas horas, mas é muito importante que os familiares solicitem ajuda de outras pessoas para acionar o Corpo de Bombeiros através do telefone 193”.
Segundo o comandante, é preciso agir rápido, pois em questão de segundos a criança pode sofrer complicações e chegar até ao óbito por falta de oxigênio. “O bombeiro que prestou os primeiros socorros disse que se não tivéssemos agido rápido o bebê poderia ter morrido”, afirmou a mãe da criança.
O comandante do Posto de Bombeiros, explicou ainda que alguns procedimentos simples podem ajudar a reanimar o bebê em casos semelhantes. “Posicione o bebê de bruços em seu braço; efetue cinco ‘pancadas’ nas costas, bem de leve, para não machucar o bebê. Em seguida vire o bebê de costas em seu outro braço e efetue cinco compressões no meio do peitoral, somente com as pontas dos dedos. Pode repetir a sequência até reanimar a criança. Esse procedimento pode ser feito por qualquer pessoa, mas é imprescindível que os bombeiros sejam acionados pra prestar o atendimento adequado”, afirmou o comandante.
“Não conseguia fazer nada, entrei em desespero. Se não fosse minha mãe para me ajudar e levar o meu filho no Corpo de Bombeiros, não sei o que se teria acontecido”, disse Maria Olivia Santos, de 20 anos, a mãe do recém-nascido.
“Não tenho nem palavras para agradecer o que vocês fizeram por nós”, finaliza a avó de João Miguel aos bombeiros.
Após ser socorrida pelos bombeiros, a criança foi encaminhada para o Pronto Socorro local, onde ficou em observação por determinado tempo e foi liberada em seguida.