A seca mais intensa registrada pela Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral (Cati) de Dracena na região está causando graves prejuízos para os produtores rurais de 16 municípios vinculados ao órgão. As perdas atingem todas as culturas, com índices que variam de 20% no caso do café até 60%, dos plantios do milho, amendoim e acerola.
A gravidade na quebra da safra na região, em decorrência da seca, levou a Secretaria de Estado da Agricultura (SAA), por meio da Cati de Campinas solicitar à Coordenadoria de Dracena um levantamento das perdas na região.
Segundo o diretor da Cati de Dracena, engenheiro agrônomo Luiz Alberto Pelozo esta seca está sendo considerada a maior de todos os tempos na região. A Cati faz acompanhamento dos índices de chuvas diários em Dracena, desde 1953 e há mais de 60 anos, não chovia tão pouco neste período.
Para a agricultura, pecuária, horticultura e fruticultura, não há incidência de chuvas significativas desde o mês de novembro, conforme avalia Pelozo. O agrônomo ressalta que as chuvas localizadas, como a que ocorreu em Dracena na segunda-feira, 10, chegou a apenas 11 milímetros, que não são suficientes para recuperar o solo para os plantios.
“A temperatura tem chegado a 41 graus e se não chover o suficiente, as perdas vão aumentando, complicando a situação do pequeno produtor a cada dia”, informa o diretor.
LEVANTAMENTO – O levantamento realizado pela Cati na região, indica perdas de 25% na safra da cana, 25% na pecuária de corte e leite, 20% da colheita do café, 30% das hortaliças, 30% em plantações como a abobrinha e chuchu, 60% do milho, 50% de amendoim e de 50% a 60% na acerola.
Para os pequenos produtores, de acordo com o diretor da Cati, uma seca prolongada como essa, representa perdas irreversíveis, atingindo também a geração de empregos, no caso da acerola, a mão-de-obra utilizada na colheita.