Em decorrência dos longos períodos de estiagem a cada início de ano agravado pelo desmatamento de áreas verdes, tem sido cada vez mais comum a migração de enxames de abelhas para áreas habitadas, principalmente as urbanas. As abelhas deixam o seu local de origem em busca de abundância de alimento e abrigo.
Infelizmente a migração destes enxames pode trazer transtornos, uma vez que as abelhas são insetos extremamente furiosos em relação a outras espécies e se defendem quando se sentem ameaçadas.
No ano de 2013, o Corpo de Bombeiros de Dracena atendeu 147 ocorrências envolvendo ataques por enxames nos municípios da região. Isso equivale a uma ocorrência a cada três dias em média.
Segundo o comandante do posto da corporação em Dracena, o sargento Celso Dias de Souza, os bombeiros atendem 12 municípios e em todos eles foram registrados incidentes envolvendo enxames, felizmente nenhum óbito foi registrado.
Desde o início deste ano, os bombeiros já atenderam 19 ocorrências do tipo e a perspectiva é de que este número possa subir.
Sargento Dias informa que a espécie de abelha mais comum encontrada nas ocorrências é um cruzamento de espécies européias e africanas. Muitos dos enxames podem conter milhares de abelhas. Estima-se que algo entre 15 mil a 100 mil abelhas.
ORIENTAÇÕES – Os bombeiros orientam que em casos de ataques por enxames é necessário fugir, sempre correndo em ziguezague, com o rosto protegido, tapando as vias respiratórias, procurando obstáculos que desorientem os insetos e permanecendo num local seguro, preferencialmente fora do perímetro da colmeia. Ainda, os bombeiros alertam para que não se se manuseie as denominadas “caixas de abelha” em hipótese alguma e que se alguma for localizada em local que coloque em risco a integridade física é necessário acionar os bombeiros, por meio do 193 ou algum especialista, como apicultores, que dispõem de conhecimento técnico e mecanismos para o manuseio. Ambos poderão solucionar o problema.
Em alguns casos, os enxames são controlados com o uso de veneno biológico e a retirada da colmeia. Dependendo, recomenda-se o extermínio do enxame. Lembrando, que estas práticas só devem ser realizadas por pessoas preparadas.
Sargento Dias frisa também que em casos onde o indivíduo tenha sido ferroado várias vezes em um único ataque é necessário que se busque ajuda profissional de um médico, porque em muitos casos o excesso de ferroadas pode provocar a perda de consciência e choque anafilático, ocasionando parada cardiorrespiratória, podendo levar a óbito.