“A todas as mulheres deste universo e em especial as nossas mulheres dracenenses, e que hoje são representadas por vocês, aqui presentes. E lembrar que em Dracena existe uma cooperativa de reciclagem, composta por 90% de mulheres, onde iniciaram seus trabalhos há alguns anos e tendo uma recompensa mensal que não chegava a R$ 100, e hoje, com muita luta, dedicação e perseverança já estão tendo um rateio perto de R$ 1 mil.
E como falar de mulher e não mencionar mãe e esposa, então dedico também para: minha mãe Arlete Dias Munis, pelo privilégio da vida, por todo carinho e amor dedicado a mim e meus irmãos, pelo caráter e pelo ótimo exemplo em que nos conduziu. Minha esposa Emiliane Chiari Munis, pela esposa maravilhosa dedicada, responsável e pacienciosa afinal é esposa de um político e principalmente pela mãe dedicada que você é. A uma terceira mulher em minha vida, que infelizmente não pode estar presente: minha sogra Maria de Lourdes Lorençon Chiari, por provar que tudo que dizem de sogra não é verdade, ela é para mim uma segunda mãe, e é a pessoa que me reconduziu a vida cristã.
Convido a todos a fazermos neste momento uma viagem no tempo, mas viajar bem longe, vamos ver quem reconhece esta passagem.
Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a levou até ele. Disse então o Homem: “Esta sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada”. Lembraram:
Pois bem, expresso neste momento dois sentimentos entrelaçados um ao outro, um que exprime felicidade e outro que aflora tristeza, pois vamos enaltecer nesta noite uma grande conquista. 8 de Março Dia Internacional Das Mulheres.
A felicidade por estar participando de uma geração onde reconhece a figura feminina como deve realmente ser, de igual para igual, sim com suas características físicas diferentes, sim com suas sensibilidades mais aguçadas, sim com suas habilidades muito mais flexíveis e por estas e outras torna mais e mais valorosas sua existência.
Mas também a tristeza. A tristeza por saber que estas conquistas e reconhecimentos estão ocorrendo somente depois de muita luta, muita desigualdade, muito sofrimento, sendo assim não posso deixar de mencionar algumas passagens como: no dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte-americana de Nova Iorque, onde fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, como: redução na carga diária de trabalho para dez horas, na ocasião a jornada de trabalho eram de 16 horas diárias, equiparação de salários com os homens.
A manifestação  foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro das fábricas, que foi incendiada. Foram 129 tecelãs mortas carbonizadas, num ato desumano.
Dentre esta passagem a história infelizmente nos traz relatos de inúmeros atos de insanidade como este, ocorreram situações semelhantes por todo o mundo e por longa data.
 Foi então onde somente em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, que ficou decidido que o dia 8 de março passaria a ser “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857, e somente no ano de 1975, através  de um Decreto, a data foi oficializada pela ONU – Organização das Nações Unidas.
A maioria dos países utiliza o “Dia Internacional da Mulher” para realizarem conferências, debates e reuniões, cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para erradicar o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços elas ainda sofrem, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
No Brasil podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e de serem eleitas para cargos no Executivo e Legislativo.
Mais um momento de tristeza e felicidade juntas, felicidade de saber que no nosso pais hoje existe uma Lei de proteção as Mulheres, a Lei nº 11.340, mais conhecida como “A Lei Maria da Penha que responsabiliza autores de ameaças, agressões, assassinatos embaixo do guarda-chuvas da violência doméstica”
Mas esta Lei é de 2006, ai então entra a parte triste, sim tristeza de saber que sempre ocorreu maus tratos as mulheres, sempre ocorreram agressões, assassinatos e tantos outros crimes contra elas, como o próprio histórico da Sra. Maria da Penha Maia Fernandes a homenageada que doa sua vida nas defesas para esta lei. Uma mulher com três filhas, que não bastasse tantas e tantas surras recebidas de seu marido ainda foi tentada contra sua vida por duas vezes, em uma delas a deixou presa em uma cadeira de rodas para o resto de sua vida, e isto nós estamos falando de uma família de posses intelectuais, um esposo economista e professor universitário. Tristeza sim por saber que nos arrastamos por centenas de anos, sabendo que isto existia, e somente agora algo foi feito, a lei não muda o caráter da pessoa, mas a coloca cada uma em seu lugar, e lugar de agressor é na cadeia.
Um apelo às mulheres, vocês vêem se destacando cada vez mais e seus ofícios, muitas vezes melhores que os homens, então faço um apelo a vocês, venham participar da vida política, nós precisamos urgentemente de vocês.
Mulher… Força felina e manhosa Mulher frágil e poderosa. Sobretudo Mulher… Um sopro de vida no mundo, Alma do sonho e da dor, És assim quase perfeita.
Mas Perfeita dádiva do Criador… Parabéns, Parabéns e a nós homens resta-nos agradecer a existência de cada uma de vocês.
Vereador Kielse Munis, discurso proferido na sessão solene ocorrida na noite de segunda-feira, 10, na Câmara Municipal de Dracena.