Decidida em assembleia geral no último dia 29 de março e julgada legal pela Justiça, teve início no primeiro minuto de ontem, 10, a greve geral dos funcionários das unidades da Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) em todo o estado de São Paulo.
A paralisação é uma resposta dos servidores ao Governo Paulista pela proposta de reajuste de 3,97% nos salários, bem abaixo dos 23% reivindicados pelos servidores. Os agentes sócio-educativos ainda exigem reposição de perdas, maior segurança e melhor qualidade nos locais de trabalho.
Os trabalhadores querem que o Governo do Estado se sensibilize sobre os problemas que enfrentam no cotidiano.
Segundo o Sintraemfa (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São Paulo) a paralisação não é somente em busca de uma campanha por melhores salários, mas também uma luta por melhores condições de trabalho e segurança.
Em Irapuru, único município da região da Nova Alta Paulista a manter unidades da Fundação Casa, cerca de 130 funcionários de ambas as unidades aderiram à greve, porém a paralisação estava prevista para ter início na manhã de hoje, 11, quando os servidores se concentrariam em frente ao portão do complexo que abriga ao que eles denominam de Casa I e Casa II. Entre as duas unidades, a informação é de que são assistidos cerca de 130 reeducandos.
A reportagem esteve no local na manhã de ontem, 10, e verificou que várias faixas e cartazes com os dizeres “greve” foram fixados em frente ao portão do complexo.
O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou que durante a greve, 70% dos funcionários, dos centros socioeducativos permaneçam em atividade.