Hoje, 17, completa uma semana que servidores estaduais da Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) aderiram à greve em 148 unidades da entidade de todo Estado. Em assembleias realizadas em várias regiões do Estado na última terça-feira, 15, os servidores votaram favoráveis a manter a paralisação.
Nas duas unidades da Fundação em Irapuru – a Casa I e Casa II, cerca de 120 funcionários prosseguem com a paralisação, sob a orientação do Sitraemfa (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São Paulo).
O complexo tem capacidade para quase 130 internos, em caráter provisório ou permanente.
Por determinação do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), 70% do efetivo dos servidores devem ser mantidos nas suas respectivas atividades profissionais. Apenas serviços fundamentais, como alimentação, manutenção e atendimento de saúde estão sendo realizados. Já os setores técnico e pedagógico estão paralisados.
Na manhã de ontem, 16, o diretor regional do Sitraemfa, Egnaldo Rodrigues de Oliveira, informou que o Governo Paulista e a direção da Fundação ainda não se propuseram a negociar as reivindicações dos grevistas e que aguarda uma resposta oficial de ambos para discutir a pauta proposta pelos servidores.
REIVINDICAÇÕES – Os grevistas reivindicam e o sindicato defende um reajuste salarial de 23%, plano de cargos e salários, escala de trabalho de 24 por 72 horas, condições de trabalho melhores e aumento dos vales alimentação e refeição.
EM IRAPURU – Desde a quinta-feira, 10, servidores das duas unidades da Fundação Casa, em Irapuru, estão de braços cruzados, agrupados em frente à entrada do complexo onde estão as unidades da entidade.
RUMOS – A expectativa do Sitraemfa é que até a próxima quarta-feira, 23, tanto a direção da fundação, quanto o governo se posicionem favoráveis a iniciar as negociações, que até a data de ontem, 16, ainda não haviam sido iniciadas.
A paralisação está mantida sobre o amparo do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que intermediou as negociações entre a fundação e sindicato sobre as condições da paralisação, visando evitar retaliações aos funcionários. Caso seja descumprida a determinação, de que somente 30% dos servidores podem aderir à greve, haverá uma multa de R$ 100 mil/dia ao sindicato da categoria.
Egnaldo Rodrigues de Oliveira informou que está previsto para o final da tarde de hoje, manifestação dos servidores da Fundação Casa de Irapuru na SP-294 (Rod. Cmdt. João Ribeiro de Barros), que deverá ocorrer de forma pacífica e não atrapalhando o tráfego na rodovia.