Quando Allan Villa, aluno de Sistemas de Informação da Toledo, opera seu drone, todas as atenções ficam voltadas a ele, cuja criação é mais conhecida como VANT – Veículo Aéreo Não Tripulado.

O conceito é simples: com um controle via rádio, ele controla o drone sem tocar nele. No geral, esses aparelhos são concebidos para realizar diversas tarefas, mas Allan criou o seu com um propósito pré-definido: trabalhar com a produção de imagens aéreas, seja de cidades, eventos e até empresas e indústrias.
Sua paixão por drones teve início no ano de 2013, quando Villa esteve na Austrália, durante um intercâmbio divulgado pela Toledo, realizado por meio do Programa Ciência sem Fronteiras. “Lá eu participei de aulas experimentais de Robótica, quando então tive oportunidade de conhecer um brasileiro que já atuava produzindo drones para comercialização. Então, eu comecei a ajudá-lo em seu projeto, porém, logo tive que voltar ao Brasil”, comenta.
Desde sua chegada a Presidente Prudente, o aluno iniciou uma jornada para a construção de seu próprio projeto. “E isso durou um tempo significativo, pois desde o desenho e projeção de que peças eu iria precisar, até a encomenda e montagem, foram árduos 5 meses para finalizá-lo. Daí então, iniciou-se a fase de testes e readequação de algumas peças”, explica.
Quando questionado sobre a altura ou distância que o projeto pode alcançar, ele diz que a capacidade é de 2 mil metros, mas que ao alcançar tal medida, não há perda do drone, pois ele possui um sistema de segurança e de localização que faz com que retorne ao ponto onde há a comunicação por meio dos sinais do GPS embutidos no VANT.
“É um modelo interessante, já produzi fotos aéreas da cidade onde moro, Pirapozinho, e sempre quando resolvo fazer um novo voo, as pessoas se aproximam para perguntar sobre o drone, como funciona e é perceptível que chama bastante a atenção de quem nunca havia tido contato com um projeto desses, que na Austrália, é bastante comum”, diz.
Allan Villa fez a primeira apresentação oficial do drone durante o Simpósio Integrado de Negócios da Toledo, que ocorreu recentemente no Espaço Toledo, quando foi possível realizar algumas imagens aéreas dos participantes do evento.
O desenvolvedor diz que o projeto é uma mistura de diversão com trabalho, pois costuma operá-lo todos os dias para realizar testes e novas fotografias, mas que tem ideia de iniciar a prestação de serviços na produção de imagens aéreas de áreas com difícil acesso.
“Agradeço muito pela oportunidade de ter tido contato com novas ideias desde a minha ida para a Austrália por meio da bolsa acadêmica. Pude ter contato com o que há de mais inovador em termos de robótica e aeromodelismo. E agora, a faculdade me traz muitos conhecimentos em termos de lógica e programação, que agora consigo unir em um projeto inovador, o meu próprio drone”, finaliza.