Às 16h de ontem, 16, policiais civis de várias carreiras, liderados por representantes da Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), paralisaram as atividades nas delegacias dos municípios da área de abrangência da Delegacia Secional de Dracena, em adesão ao movimento “Alerta Vermelho”, que ocorreu em todo o Estado.
Segundo a Associação, o ato teve como meta despertar a sociedade a importância da Segurança Pública para a qualidade de vida, especialmente quanto aos índices de criminalidade.
A mobilização de delegados, escrivães e demais policiais civis teve duração de apenas duas horas e em Dracena cerca de 30 pessoas se reuniram na entrada dos 1º e 2º DP’s – Unidades Agrupadas.
Ainda, o movimento se propôs a chamar a atenção do Governo Paulista em relação aos pleitos da Polícia Civil.
De acordo com a representante da Adpesp na região de Dracena, a delegada Maria Ângela Tófano Rodrigues, a classe reivindica uma reestruturação da polícia, melhorias nos quadros de funcionários e ainda destacou o sucateamento da instituição, que decorre de mais de duas décadas.
A representante considera que atualmente a polícia está desmoralizada e esquecida pelo governo estadual. “Queremos o imediato cumprimento da lei complementar nº 144/14, que diz respeito ao reconhecimento do direito da aposentadoria especial”, declarou.
Maria Ângela destacou que a lei deveria beneficiar funcionários públicos e não somente policiais, porém, esclareceu que a lei é designada a todos aqueles que exercem atividades profissionais insalubres e perigosas, como policiais.
A delgada destacou que com as reivindicações atendidas a polícia conseguirá retribuir a população com uma Segurança Pública de qualidade.
“Na medida em que sentirmos que o Governo do Estado se manifesta favorável ao diálogo o movimento será suspenso. Caso contrário, o movimento poderá se tornar maior”, explicou.
A representante disse que existe a possibilidade de uma greve geral.
Maria Ângela entregou cópia da minuta que delibera sobre o “Alerta Vermelho”. No documento, a Adpesp informa que desde 2010 a Polícia Civil paulista aguarda que a Assembleia Legislativa dos Estado de São Paulo vote o projeto de reestruturação na instituição, além de recomposição salarial e outras reivindicações.