O movimento Alerta Vermelho, da Polícia Civil, mobilizou 17 delegados da área da Delegacia Seccional de Adamantina, que paralisaram seus serviços por três horas, na tarde de ontem, 25. A mobilização é coordenada pela Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), e aconteceu em todo o Estado.
Todas as unidades policiais suspenderam o atendimento entre 15h e 18h, exceto para casos urgentes.
A classe reivindica mais investimentos e valorização dos profissionais. “O descaso do Governo com a Segurança Pública em São Paulo está refletindo na carência de investimentos em infraestrutura e na falta de valorização dos recursos humanos da Polícia Investigativa, que segue em franco sucateamento, impedindo de investigar e assim combater o avanço da criminalidade”, informou em nota a Adpesp.
Segundo a Adpesp, a cada nove dias, um delegado de polícia migra para outras carreiras jurídicas ou ainda para outros estados da federação tendo em vista as melhores condições de trabalho.
De acordo com a Associação, entre os 27 entes federativos do País, o estado de São Paulo aparece em 26º, ocupando o penúltimo lugar no ranking salarial nacional da categoria.
“O debate junto à sociedade civil a respeito do crescente aumento da criminalidade em razão da omissão do Estado, está no cerne deste ato, que visa mobilizar o cidadão para reivindicar que a Segurança Pública, um serviço indispensável para a qualidade de vida de todos, fique entre as prioridades dos governantes do Estado”,
A Adpesp pede a participação efetiva da sociedade e esclarece que o “transtorno” momentâneo se faz necessário.
DRACENA – A segunda mobilização do Alerta Vermelho ocorre cerca de 10 dias após a primeira e apenas um dia após, o governador do Estado, Geraldo Alckmin anunciar reajustes salariais para servidores das forças de segurança pública, devendo atingir as policias Civil, Militar e Cientifica.
Em Dracena, profissionais de todas as carreiras da Polícia Civil, se reuniram em frente ao 1º e 2º Distrito Policial – unidades agrupadas, para chamar a atenção da sociedade e principalmente do Governo sobre os pleitos da instituição.
Segundo a representante do Adpesp em Dracena, a delegada Maria Ângela Tófano Rodrigues, são reivindicados a contratação de novos policiais, o cumprimento da Lei 144, que dispõe sobre a aposentadoria do funcionário policial e principalmente e reestruturação da instituição, com a revisão de procedimentos e critérios de promoção.
Maria Ângela, voltou a afirmar que existe o risco da Polícia Civil paralisar os trabalhos em adesão a uma greve.