Temos visto, nos últimos dias, inúmeras notícias sobre desaparecimento de nossos amigos de quatro patas. Acredito que só quem passou por algo do tipo sabe o grande sofrimento que esse sumiço gera em toda a família. As causas podem ser inúmeras, desde aquela fugidinha para cheirar a árvore do vizinho ao medo de fogos de artifício.
Se você procurar na internet encontrará inúmeras notícias sobre o assunto e intermináveis anúncios sobre animais perdidos em todo o Brasil. Fiz um apanhado geral destas informações e, a ideia não é esgotar o assunto, e sim, alertar e despertar a atenção para um fato muito comum na nossa cidade e na região.
O que fazer se seu amiguinho está perdido: inicie a procura pelas ruas do local do desaparecimento o quanto antes, as primeiras horas são fundamentais e as chances de encontrá-lo são maiores; mobilize amigos e familiares para ajudar na busca; converse com as pessoas pelo caminho, entregue folhetos com fotos e dados do animal; carteiros, lixeiros, entregadores e office-boys e todas as pessoas que sempre andam pelo bairro são grandes ajudas; coloque cartazes em locais de grande circulação como mercados e padarias; comunique e deixe cartazes em clínicas veterinárias, pet shops e no centro de controle de zoonoses, estes locais são importantes fontes de referências se alguém encontrar ou tiver informações sobre seu amiguinho de quatro patas; utilize as redes sociais a seu favor, divulgue o fato na internet e entre sua rede de relacionamentos.
O que fazer para evitar esse problema. Acho que a primeira e mais importante atitude é identificar seu animal – plaquinhas penduradas na coleira são um método barato e muito eficiente de identificação. Grave o nome do seu pet, seu nome e telefone de contato. Essa atitude simples ajuda bastante na hora de devolver um animal encontrado. Existem outras soluções de identificação como o Microchip e a Tatuagem, mas acredito que para a realidade da nossa região e, pelo menos por enquanto, não são métodos muitos eficazes. Vale esclarecer uma coisinha, os microchips implantados sob a pele do animal servem tão somente à identificação e não são instrumentos para localização e rastreamento, não vá pensando que esses Microchips transmitem as coordenadas geográficas do animal em tempo real para um sistema de localização via satélite (por enquanto essa realidade não está disponível comercialmente) e as coleiras equipadas com esse tipo de transmissores, ainda apresentam um custo relativamente elevado e ainda apresentam o problema da baixa autonomia de suas baterias. Em datas comemorativas, em que normalmente ocorre o uso de fogos de artifício, prepare um local que sirva de abrigo seguro para seu amigo peludo, de maneira que ele fique protegido dos ruídos e não possa se machucar nem tentar fugir.
Se você encontrou um animal perdido, lembre-se todo cão ou gato de raça tem um dono, você pode até recolhê-lo, mas vai ter que tentar achar o proprietário. Se for um simpático vira-lata, preste atenção se ele não é um daqueles que só está dando uma voltinha rápida. Lembre-se também que, o proprietário deve estar desesperado atrás deste animal. Independente da raça ou da aparência deste animal ele faz parte de uma família.
Espero que todos aqueles que anunciaram o desaparecimento de seus animais já os tenham encontrado e que a gente não precisa mais ler notícias deste tipo e nem aquelas relacionadas a maus tratos e abandono de animais.
*Engenheiro mecânico, tesoureiro da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Região de Dracena.
