O horário de verão deste ano, que começa à zero hora do próximo domingo, 19, deve representar uma economia menor do que no ano passado, em função da forte estiagem.
Com os reservatórios das hidrelétricas em baixa, mais térmicas tiveram de ser acionadas este ano, fonte mais cara e poluente de energia.
Segundo o secretário de Energia Elétrica, Ildo Grüdtner, a expectativa de redução do uso de térmicas por causa do horário de verão vai representar uma economia de R$ 278 milhões. No horário de verão de 2013, o Governo calculou uma economia de R$ 405 milhões só com redução da compra de energia de térmicas. “É porque, efetivamente, dada a situação hidrológica deste ano, estamos com despacho de térmicas maior, consequentemente o que eu reduziria seria um pouco menor”, disse o secretário.
A redução no consumo de energia no horário de pico vai poupar 0,4% do armazenamento das hidrelétricas no Sudeste, que passam por uma forte crise de abastecimento, e 1,1% dos reservatórios no Sul. No Brasil, o Governo estima uma redução de 4,5% na demanda de energia no horário de pico, ou seja, 2.596 MW.
O Governo também estima uma economia de R$ 4,5 bilhões, referentes aos investimentos que deixam de ser necessários para a construção de usinas térmicas para atender a demanda puxada do horário de pico. À meia-noite do sábado para o domingo, os brasileiros que vivem no Sul, Sudeste, Centro-Oeste deverão adiantar seus relógios em uma hora.
Pela lei, o horário deve terminar no terceiro domingo de fevereiro, mas como ele vai coincidir com o carnaval no próximo ano, o horário terá vigência de mais uma semana, até 21 de fevereiro de 2015.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, o adiantamento do horário convencional em uma hora reduz o carregamento elétrico dos sistemas de transmissão e das redes de distribuição de energia elétrica nos horários de pico do consumo – entre 18 e 21 horas. O objetivo do horário de verão é aproveitar a maior luminosidade do dia nesse período para utilizar a energia elétrica de forma mais eficiente.