O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve 28,64% de abstenção, o que equivale a 2,4 milhões de candidatos. Mais 1.519 foram eliminados por desrespeitarem as regras do exame. Desses, 236 foram eliminados por uso indevido de celulares. O balanço foi divulgado na noite de domingo, 9, pelo ministro da Educação, Henrique Paim. Na análise do ministro, a aplicação transcorreu com “tranquilidade, o que mostra que chegamos a um momento de consolidação desse processo”. O Enem foi aplicado neste sábado, 8, e domingo, 9, em 1,7 mil municípios.
No ano passado, a taxa de abstenção alcançou 29,7%, e as eliminações chegaram a 1,5 mil, sendo 47 por uso indevido de celular. Os números desse ano, segundo Paim, ainda podem aumentar com a análise das atas de cada local de prova. “Nós vamos continuar ampliando o processo e o rigor para que qualquer tipo de perturbação e fraude seja coibido”, disse.
Paim também voltou a lamentar a morte de Edivania Florinda de Assis, em Olinda (PE). Segundo ele, houve também um nascimento, em Caucaia (CE), de uma criança chamada Júlia. A mãe, Maria Alves Viera, entrou em trabalho de parto durante a prova. O ministro também confirmou que ocorreram ao menos três prisões, mas não divulgou o número oficial. Isso será feito, segundo ele, posteriormente, com a presença da Polícia Federal.
Em Dracena, conforme informou o coordenador municipal da Fundação Cesgranrio/INEP (responsável pela aplicação das provas), Hélio Rodrigues, tudo correu dentro da normalidade. As escolas utilizadas pelos estudantes para fazer as provas foram a Fundec, o Colégio Anglo-Cid, o Colégio Objetivo, a UME e a Emefi João Vendramini, durante todo o período da tarde e início da noite. O número de estudantes que fizerem o Enem na cidade não foi informado.
No sábado, os candidatos fizeram as provas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias, com duração de 4h30. No domingo, a maratona de 5h30 teve provas de linguagens e códigos, matemática e redação.
Muitos candidatos consideraram a prova do Enem 2014 extensa e cansativa. Ainda se surpreenderam com o tema da redação (“publicidade infantil em questão no Brasil”).
Para professores, o tema proposto foi considerado atual coerente com as últimas propostas do exame. De um modo geral, dizem, a prova exigiu o domínio dos conteúdos e uma grande capacidade de interpretação dos candidatos.