Com o início do período das chuvas, alguns moradores se queixam com a invasão de caramujos pelos quintais e terrenos baldios. Bairros de vários setores de Dracena enfrentam o problema, geralmente neste período do ano quando eles saem de seus abrigos em maior número.
Na semana passada, uma moradora do Jardim Vera Cruz enviou através do WhatsApp do Jornal Regional (18) 99648-1798, imagens de caramujos africanos oriundos de um terreno ao lado de sua residência, que acabaram por invadir o quintal da casa.
Esses moluscos podem destruir plantas nativas e cultivadas, alimentando-se vorazmente de qualquer tipo de vegetação. A simples manipulação pode causar contaminação, porque na sua secreção podem aparecer tipos de vermes causadores da angiostrongilíase meningoencefáfica humana, que tem como principais sintomas: dor de cabeça e constante rigidez da nuca e distúrbios do sistema nervoso e da angiostrongilíase abdominal, doença grave que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. Tem como principais sintomas: dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômitos.
A Vigilância Epidemiológica (VE) orienta a população para o controle do caramujo africano, cuja proliferação é maior com a chegada do verão e do período de chuvas.
Como o molusco costuma se desenvolver em locais como terrenos baldios, hortas, plantações e áreas em que existe entulho é importante manter os quintais e terrenos limpos, sem mato, lixo ou restos de materiais de construção (telhas, tijolos e madeira).
O manuseio deve ser feito com plástico e/ou luvas e até mesmo uma pá para evitar a transmissão de doenças. Ainda é necessário quebrar as conchas para que não haja risco de ter água parada e procriação do mosquito da dengue. A VE ainda informa que venenos ou inseticidas não combatem esse tipo de praga, mas o uso de sal de cozinha ou cal de construção no entorno das casas, em locais onde costumam aparecer podem banir esses moluscos de áreas domiciliares.
As hortaliças também devem ter um cuidado especial. Elas precisam ser lavadas cuidadosamente e se possível desinfetá-las com solução clorada todas as folhosas que serão consumidas cruas.